A falta de acessibilidade no transporte coletivo ainda é uma realidade na vida dos obesos. Apesar de a legislação prever a adaptação dos transportes públicos, problemas como catracas, assentos apertados e falta de respeito são algumas das dificuldades vivenciadas diariamente pelas pessoas que estão acima do peso.
Para amenizar parte desse problema, o vereador Gelson Ferraz (PRB) sugere que obesos e gestantes entrem e saiam pela mesma porta de entrada do ônibus, desobrigando assim, o uso das catracas do transporte coletivo. A proposta que está sendo analisada pela Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa aguarda parecer do relator Evaldo Lima (PCdoB), seguindo assim, para a votação em plenário.
Segundo o autor do projeto, nos dias de hoje, a obesidade é considerada um problema de saúde pública. Gelson Ferraz ressalta que os estudos mostram a necessidade de tratar a discriminação decorrente do sobrepeso como uma forma legítima de preconceito, comparável a outros referentes a raça ou gênero. Os quais já recebem proteção legal. “Diante disso, o presente projeto busca criar mecanismos para inclusão e proteção das pessoas obesas, garantindo-lhes o direito a locomoção, sem constrangimentos”, justificou.
Com relação aos cuidados da mulher em estado gestacional avançado, Gelson afirma que há de se considerar a sua dificuldade de locomoção, devido ao esforço e ao cansaço decorrente de sua condição física.
O problema é ainda maior
Desde o ano passado, todos os assentos nos veículos de transporte coletivo urbano são prioritários. Entretanto, o problema não é só o assento, tem também a questão das escadas, dos corredores estreitos e, principalmente, do preconceito. Muitas das pessoas obesas que precisam do transporte público para chegar a seus destinos reclamam que grande parte dos passageiros não respeitam os assentos preferenciais e ainda fazem “chacotas” com sua condição.
Estar acima do peso pode causar muito mais problemas do que se imagina. Imaginem ficar preso na roleta do ônibus, com todos os passageiros olhando? Por isso, vamos torcer para que o projeto de lei seja aprovado e amenize os transtornos que os obesos enfrentam nos coletivos.
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