Após a promessa de que acabaria com o chamado “piscinão do HGF” em 90 dias, o titular da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Ciro Gomes, já entrou em contato com cinco unidades hospitalares na Capital para a contratação de leitos de retaguarda. A informação foi confirmada ontem pela secretária municipal da Saúde, Socorro Martins, em entrevista ao O POVO.
Segundo a gestora, os hospitais Fernandes Távora, Batista Memorial, Neurocentro, Menino Jesus e SOS seriam os responsáveis pela liberação dos cerca de 250 leitos anunciados por Ciro para pacientes oriundos do Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Todos, no entanto, ainda estariam em processo de negociação. De acordo com Martins, o custo diário de cada leito seria de R$ 300, bancados pelo Ministério da Saúde.
No hospital Fernandes Távora – unidade que, segundo a secretária, está em processo mais avançado de negociação -, além da contratação de 53 novos leitos, existiria a possibilidade da criação de 42 vagas: dez delas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O diretor administrativo do hospital, Luiz Fernando Mota, informou que os novos leitos devem estar abertos até 10 de outubro, prazo solicitado por Ciro Gomes. “Estamos fazendo um esforço para cumprir o que prometemos, porque entendemos que temos que ajudar no que for preciso”, comentou.
Leitos domiciliares
A titular da SMS informou ainda que os 300 novos leitos domiciliares anunciados por Ciro devem seguir o modelo adotado pelo Hospital Geral Waldemar de Alcântara (HGWA). “Já temos a autorização do Ciro para agilizar o processo para operacionalizar o programa Melhor em Casa, do Ministério da Saúde”, disse.
De acordo com Martins, o Ministério da Saúde repassaria, mensalmente, o valor de R$ 50 mil para cada equipe do programa, responsável pelo atendimento de 50 a 70 pacientes.
Em Fortaleza, projeta Socorro Martins, seriam necessárias 25 equipes completas, além de nove equipes de apoio. “Também temos que discutir com outros municípios essa questão. Hoje não se admite você ter um paciente no IJF (Instituto Doutor José Frota), por exemplo, se não tem nenhum valor para ele estar ali”, avalia.
Central de regulação
Conforme a secretária municipal da Saúde, a intenção do poder público é que também sejam implantados núcleos internos de regulação em todos os hospitais, públicos ou privados, da Capital. Com o novo sistema, explica, a autoridade sanitária de plantão teria o controle de todos os leitos na rede de saúde.
“Precisamos melhorar a ocupação dos leitos. Hoje eu sei quando um paciente entrou, mas não sei que dia ele saiu ou se o leito está desocupado”, completa.
Fonte: O Povo
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