O céu e o inferno do empreendedorismo

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Ser dono do próprio negócio, trabalhar com o que gosta e ter uma autonomia que jamais seria dada a um empregado. Por outro lado, mais responsabilidade e alguns  percalços no caminho, como achar mão de obra qualificada e pagar um montão de impostos. O senso comum afirma que “os empresários nascem, não se fazem”. Com isso, aspectos positivos e negativos são associados à imagem do empreendedor.

Entre o céu e o inferno do empreendedorismo, existem muitos mitos que envolvem, principalmente, mais tempo e mais renda. O Sebrae fez uma série de perguntas a empreendedores, antes e depois de abrirem uma empresa. Antes, 41% achava que poderia tirar férias na hora que quisesse, mas, uma vez aberto negócio, só 23% continuaram acreditando nisso. Ficou curioso? Calma, vamos por partes.

Das novas empresas, grande parte acaba falindo antes de seus primeiros dois anos, que é o período de maturação do investimento feito. Quem passa dessa faixa, tem mais chance de prosperar. Mas qual será que o segredo para o sucesso no empreendedorismo? Será que ele está somente em ser audacioso, persistente e visionário?

O gerente de inteligência empresarial do Sebrae Minas, Felipe Brandão de Melo, afirma que existem pelo menos dez características básicas que um empreendedor deve ter para alcançar o sucesso. Entre elas, destacam-se os perfis de buscar oportunidades, correr riscos calculados, ter persistência, estabelecer metas e se comprometer.

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“É preciso reconhecer essas atitudes em si mesmo, antes de empreender. Se não tem, é preciso pensar se tem condições de desenvolvê-las. Por exemplo, sem persistência, se a pessoa abre um negócio e o mercado fica ruim, acaba desistindo. Mas tem que buscar informações para competir”, ressalta.

De acordo com Melo, a maior ilusão é acreditar que ser dono significa não ter que dar satisfação para mais ninguém. “O empreendedor não pode pensar que não deve mais prestar contas porque não tem patrão. O patrão é o cliente, e o empreendedor tem que se colocar no lugar dele”, destaca.

Segundo levantamento do Sebrae, antes de ter uma empresa 40% das pessoas acreditam que vão viver correndo atrás de dinheiro. Depois que abrem, esse percentual aumenta para 62%. E se 25% achavam que trabalhariam menos, depois só 15% continuam pensando a mesma coisa.

Tornar-se empreendedor é o desafio de ser responsável pelo próprio futuro e pelo futuro da comunidade em que se vive. Mas para obter sucesso em qualquer ramo, é preciso muitas vezes tirar o óculos cor de rosa e ver o mundo dos negócios sobre a perspectiva da realidade. Afinal, empreendedorismo não é só uma questão de atitude, não é mesmo?

Fotos: Reprodução. 

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