Um estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan), entidade criada para avaliar a gestão das prefeituras no Brasil, apontou que 153 cidades cearenses (85,5% dos 179 municípios investigados) apresentam sérios problemas com a eficiência na gestão fiscal. Os dados revelam que a maioria dos municípios cearenses gasta o que não tem, ou não conseguem se manter com recursos próprios.
A situação do Ceará quanto ao controle de gastos com pessoal e crítica com relação à liquidez, deixou Fortaleza em 16º lugar entre as capitais brasileiras e na 1.260ª colocação no ranking nacional, que possui 5.266 cidades incluídas. Mesmo com um resultado nada favorável, a Assembleia continua fazendo a discussão da criação de novos municípios no Ceará. Segundo a Firjan, os 54 municípios criados no Brasil nos últimos 10 anos, não geram sequer 20% da sua receita.
Os municípios com os melhores resultados na gestão fiscal são os de São Gonçalo do Amarante, Alto Santo, Tejuçuoca, Penaforte, Jaguaribe, Horizonte, Aquiraz, Martinópole, Nova Olinda e Itarema. O grupo das dez piores gestões do Ceará, é composto pelos municípios de Catunda, Camocim, Pacajus, Mulungu, Barro, Acarape, Uruburetama, Aracati, Milhã e Iracema. A cidade de Iracema apresentou o pior resultado do Estado. Um dos principais problemas e que é comum a maioria dos municípios diz respeito aos ativos financeiros disponíveis, que não são suficientes para cobrir o total de restos a pagar.
A situação do Ceará se reflete no restante do Nordeste, onde 72% das cidades apresentaram gastos com pessoal superior ao permitido por Lei com o agravante de nove das dez piores administrações observadas estarem na região. O estudo relacionou também os 500 melhores índices das prefeituras, destas, somente 4,8% são do Nordeste.
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