Mesmo atendendo aos 15 itens reivindicados pelos professores federais, em greve há 70 dias, o governo não conseguiu, ainda, por fim a paralisação. Depois de mais uma rodada de negociações que aconteceu ontem (24), o governo federal cedeu e ofereceu nova proposta de reestruturação de carreira às entidades sindicais dos professores dos institutos e universidades federais. Os reajustes oferecidos pelo governo variam entre 25% e 40% para todos os docentes.
O aumento da nova proposta foi de 7,7% se comparado ao da semana passada, entre 12% e 45%. O impacto do montante no Orçamento Federal é de R$ 4,2 bilhões. Se a proposta for aceita pela classe, os aumentos que serão escalonados durante os próximos três anos, começam a vigorar a partir de março de 2013.
O governo diz ter recuado ao máximo em prol do fim da paralização e que não há possibilidade de novas propostas de aumento, diz o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. “Em uma negociação sempre tem margem, mas o governo já fez movimento de avanço ouvindo críticas e necessidades. Estamos convictos que essa é proposta para fazer acordo”, assegurou.
Entre os sindicatos que estão na negociação às novas propostas do governo causam divergência. “É a mesma essência da proposta anterior, ou seja, não reestrutura a carreira”, pontua a presidenta da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), Marinalva Oliveira.
Opinião que diverge com a do presidente da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior, Eduardo Rolim. Para ele a proposta do governo atendeu aos 15 itens solicitados pela entidade. “O governo atendeu integralmente à nossa pauta. É um avanço. Agora, vamos fazer análise e consultar os professores do país inteiro”.
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