Os professores das universidades federais completaram um mês de greve hoje (17). Sem grande visibilidade nos meios de comunicação nacional, a paralisação continua e não tem nenhuma perspectiva de acabar. O Ministério do Planejamento prometeu apresentar amanhã (19), uma proposta para o plano de carreira dos docentes. No entanto, mesmo se a proposta for boa o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) avalia que a greve não será encerrada.
“Esperamos que o governo pare de enrolar e apresente uma proposta concreta. Esperamos que haja algo objetivo para que, a partir daí, possamos iniciar um processo de negociação. O fim da greve sequer está na nossa pauta”, disse à Agência Brasil o primeiro-vice-presidente da Andes, Luiz Henrique Schuch.
O presidente reconhece os transtornos ocasionados, mas diz que a categoria tem recebido apoio da sociedade. “Temos recebido uma resposta de acolhimento por parte da sociedade. Esse é um movimento vitorioso porque a sociedade não se engana mais com discursos vazios. A sociedade está percebendo que a pior crise do país é a da falta de políticas públicas para a educação”, argumentou Schuch.
Na última terça-feira (12), o governo federal pediu uma “trégua” de 20 dias aos professores federais para continuar as negociações. A categoria não concordou e ainda criticou a postura do governo. Já são 55 instituições federais de ensino atingidas pela greve em todo o país.
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