O talento de Beatriz Milhazes

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Para quem gosta de arte – independente da forma como ela é manifestada – nada melhor que conhecer artistas talentosos e que levam o nome do Brasil aos quatro cantos do mundo! O No Pátio mostra mais sobre a vida e a obra da multifacetada Beatriz Milhazes. Criatividade e inovação não faltam no belíssimo trabalho dessa brasileira!

Pintora, ilustradora, professora e gravadora, Beatriz tem a cor como o principal elemento de suas obras, que vão desde a abstração ao modernismo, concreto ou neoconcreto, sem deixar de lado a pop art. Já de para perceber que o leque de possibilidades é extenso e que Beatriz não tem medo de ousar! Azul, amarelo, vermelho, cores e mais cores! Rabiscos, flores ou formas são desenhados primeiro em uma superfície de plástico e só depois passados para a tela. Visual irreverente e técnica inovadora!

A harmonia dos excessos também faz parte da obra de Beatriz, que usa papeis de bala e sacolas de compra nas colagens. Isso mesmo! Nada na obra da artista é convencional. Mas, esse é o grande diferencial do trabalho dessa brasileira que é reconhecida no mundo todo pela ousadia e criatividade.

Beatriz Ferreira Milhazes nasceu no Rio de Janeiro e teve envolvimento com as artes ainda muito cedo, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/ Parque Lage), em 1980, local em que mais tarde voltaria, mas dessa vez como professora. Formada em Comunicação Social, a brasileira dedica parte de seu tempo a gravura e ilustração.

Em 1995 faz parte do curso de gravura em metal e linóleo, no Atelier 78 e dois anos depois é responsável pelas ilustrações do livro As Mil e Uma Noites à Luz do Dia: Sherazade Conta Histórias Árabes, de Katia Canton.

O trabalho de Beatriz, além de encantar, serviu como elemento para caracterizar a arte da geração dos anos 1980, artistas que buscavam uma forma nova de pintar – diferente do modo feito na década anterior. O trabalho não era visto apenas como uma manifestação da arte, mas como uma forma de mudar o cenário da época.

A descoberta de novas técnicas e a utilização materiais antes não usados são outras características fortes na obra, que faz referência ao barroco. Sabe de onde vem essas referências? Das obras da fantástica Tarsila do Amaral e do talentoso Burle Marx.

Nos anos 1990, o sucesso internacional – mais do que merecido – bate a porta de Beatriz! A artista foi destaque em mostras internacionais nos Estados Unidos e Europa e integrou integra acervos de museus como o Museum of Modern Art (MoMa), Solomon R. Guggenheim Museum e The Metropolitan Musem of Art (Met), em Nova York.

As últimas exposições de Beatriz Milhazes foram na Pinacoteca de São Paulo, em 2008, Fundação Carier pour l’art Contemporain, em Paris, em 2009 e no Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (Maes), em Vitória, ano passado.

Não tem como não ficar fã de Beatriz nem como não se deixar levar pela beleza das cores e formas empregadas por ela!

 

Fotos: Reprodução

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