Ouvir música não é só um dos entretenimentos favoritos da grande maioria das pessoas. De acordo com diversos estudos já realizados, manter o hábito pode trazer incontáveis benefícios a nossa saúde física e mental. Capaz de acalmar e relaxar, entre os diversos benefícios proporcionados estão o alívio de dores, a melhora da memória e até mesmo um estímulo para a prática de atividade física.
Tudo isso só acontece porque a música ativa o centro de prazer do cérebro, liberando dopamina e causando uma sensação de bem-estar e, por isso, tem sido usada por médicos, terapeutas e preparadores físicos como tratamento.
Mas o que era desconhecido, até se tornar publico um estudo realizado nos Estados Unidos, é que a música não funciona só como um “remédio” para alguns problemas. Ela também pode ser a grande vilã em tragédias e alguns acidentes fatais.
Uma pesquisa realizada por Richard Lichenstein, da Universidade do Hospital Infantil de Maryland, nos Estados Unidos, constatou que nos últimos 12 anos, o número de pessoas que ficaram feridas ou morreram porque estavam ouvindo música na hora de atravessar ruas e avenidas triplicou por lá, sendo o uso de fones de ouvido um fator comum à maioria dos casos.
De acordo com a investigação, em mais de 20% dos acidentes, foi mencionado que os motoristas tinham tocado a buzina mas as vítimas, por estarem com fones de ouvido não escutaram. Os fones reduzem a atenção porque o cérebro dedica seu processamento de estímulo para o som e não para o ambiente.
Outro fator relevante do estudo é que a incidência desse tipo de acidente é bem maior entre os jovens. Constatou-se que cerca de dois terços dos pedestres atropelados tinham menos de 30 anos, e um terço tinha menos de 18 anos.
Depois desses dados o No Pátio adverte, cuidado ao atravessar a rua, e escolha bem a sua playlist. Afinal, nunca se sabe que música você estará ouvindo quando morrer.
Fotos:Reprodução.