Não são apenas os adultos que sofrem com a obesidade. Existem cada vez mais crianças acima do peso ideal, o que pode causar vários problemas de saúde. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, em torno de 34,8% das crianças no Brasil, com idade entre 5 e 9 anos, têm peso maior que o considerado saudável pela Organização Mundial da Saúde – OMS. Ainda segundo o IBGE, cerca de 10% das crianças e adolescentes brasileiras estão em sobrepeso e 7,3 são considerados obesos.
“A obesidade infantil é uma das patologias nutricionais que mais tem apresentado aumento de prevalência, não apenas nos países desenvolvidos, mas também onde a desnutrição continua como o maior problema nutricional. Atualmente, a obesidade na infância e adolescência tem adquirido proporções epidêmicas e é relativamente comum em sociedades industrializadas”, explica Alessandra Carneiro, nutricionista da Clinica Duoderme.
Já a nutricionista Myrla Merlo, revela que o excesso de peso infantil já é considerado um problema de saúde pública mundial. “A obesidade infantil já é considerada uma. Na infância pode acarretar diversas consequências à saúde, tais como hipertensão arterial, idade óssea avançada, menarca precoce, maior predisposição a artroses e até problemas cardíacos”, comenta.
A obesidade pode provocar vários outros problemas graves. “O excesso rouba a infância das crianças ao impedir que elas brinquem à vontade e se locomovam com facilidade. Além disso, gera traumas psíquicos, diminui a resistência imunológica, prejudica a produção de hormônios, predispõe ao diabetes tipo dois, encharca o fígado e o coração com gordura e predispõe ao câncer de testículos, fígado e outros”, alerta o endocrinologista Tércio Rocha. “A obesidade infantil pode causar também colesterol elevado, pressão alta, problemas nas articulações devido ao excesso de peso e problemas com a autoestima”.
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