Alvo de polêmicas por todos os lados, o projeto de transposição do Rio São Francisco – nomeado pelo governo brasileiro como “Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional” – foi tema do acalorado debate que ocorreu, na tarde da sexta-feira (11), na Assembleia Legislativa do Ceará.
Buscando solucionar um problema que há muito afeta as populações do semi-árido brasileiro, a seca, deputados propuseram uma “marcha” até Brasília, com representantes das prefeituras e federações cearenses, para pressionar o Governo Federal.
Segundo o deputado Carlos Matos (PSDB), presidente da Comissão Especial para acompanhar e monitorar o andamento das obras de transposição do rio, a mobilização ocorrerá no dia 23 de novembro e será uma forma de pressionar o Governo Federal a tomar as medidas necessárias para a conclusão das obras.
No cronograma apresentado pelo Governo Federal, as obras deveriam estar prontas no fim deste ano. Com a paralisação, há cerca de três meses, o Ceará depende ainda mais da ocorrência de chuvas em 2017 para não sofrer os efeitos do atraso do projeto, que está com quase 90% de avanço.
Segundo o secretário de Recursos Hídricos do Estado do Ceará, Francisco Teixeira, as obras de transposição do Rio São Francisco foram paralisadas após a saída da empreiteira Mendes Júnior, responsável pelo andamento do projeto entre Cabrobó, em Pernambuco, até Jati, onde fica a captação do Eixo Norte.
Ainda conforme o secretário, para garantir a celeridade no desenvolvimento das obras de transposição, o ideal seria dispensar o processo de licitação para contratar a nova empreiteira. Porém, essa não foi a medida adotada pelo Ministério. “Há previsão de receber propostas em meados de janeiro. Vamos torcer para que não tenha percalços administrativos e legais, para que, ainda no primeiro trimestre do próximo ano, o Ministério recontrate essas obras”, frisou.
Ficou acertada ainda para a próxima sexta-feira (18), às 15 horas, uma reunião com a bancada federal e entre os deputados estaduais, para montar estratégias. As ações, segundo Carlos Matos, são para evitar um colapso hídrico em Fortaleza, Região Metropolitana e nos setores produtivos cearenses.
Vamos torcer para que os deputados decidam por boas estrategiar e tenham êxito nessa longa caminhada.
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