A nova moda entre os corredores é o pé no chão na hora dos treinos para fortalecer a musculatura, mas essa prática pode agravar as lesões
Quem resolve se aventurar nas corridas, só precisa de um tênis. Mas talvez nem precise disso mais. O biólogo Daniel Lieberman, da Universidade Harvard, levantou a hipótese de que correr descalço seria melhor para evitar lesões e aperfeiçoar o desempenho, os corredores apareceram por ai correndo “naturalmente”.
No Brasil, a prática ainda não conquistou um grande público, apesar de ter um grande potencial, já que correr com os pés na areia é quase um vício. Antes de jogar os tênis fora, é melhor entender um pouco mais sobre a técnica e descobrir se seu pé está preparado para o contato com o solo.
Com tênis
Lieberman destacou em seu estudo que alteramos a forma de correr por excesso de amortecimento dos tênis. Essa mudança na mecânica na corrida pode causar lesões. As lesões que podem ser minimizadas com o uso dos tênis são fascite plantar (inflamação na sola do pé), tendinites, fraturas por estresse, canelite, dores no joelho e coluna.
O tênis como protetor da sola do pé dá ao corredor a possibilidade de prolongar o tempo de treino e a mudar facilmente de terreno utilizado para corrida.
Sem tênis
Para os defensores da prática, correr descalço aumenta a flexibilidade, diminui o gasto energético, aumentando a eficiência do exercício e desempenho do atleta. A musculatura do pé ficaria fortalecida ao correr descalço, assim a capacidade de caminhar de forma confortável e segura seria devolvida.
Os pés descalços poderiam sentir melhor o terreno e o corpo teria a oportunidade de se adaptar melhor e assim estimular os mecanismos de proteção. Atenção! A prática é mais indicada para corredores experientes. Corredores sem experiência, com pouco condicionamento físico e excesso de peso pode sofrer lesões mais graves. Os pés desprotegidos poderiam sofrer mais lesões e fraturas nos dedos.
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