Apesar de jovem, o quarteto do Farra do Som tem bagagem. Pedro Martins, por exemplo, é um brasiliense de apenas 23 anos, mas que já desfruta de reconhecimento internacional por ter sido eleito o melhor guitarrista na competição Socar Guitar Competition no 49º Montreux Jazz Festival, o principal do gênero no mundo. Pedro era o único brasileiro a integrar a programação da competição do festival, com mais outros nove talentos da guitarra mundial. Dentre outros importantes festivais europeus, se apresentou com seu grupo no 50º Montreux Jazz Festival, na Suíça. De performance explosiva, o guitarrista mescla sua originalidade com influências musicais como Clube da Esquina, Miles Davis e Hermeto Pascoal.
Nascido em 1996, em Limoeiro do Norte (CE), Michael Pipoquinha, por sua vez, teve participação no Domingão do Faustão, mostrando todo seu virtuosismo no baixo, aos 13 anos de idade. De lá pra cá, fez shows na Argentina e no Uruguai, com o New Jazz BR Trio; na Alemanha, pelo programa We’ve Got a Talent; na Áustria e na Letônia, onde se apresentou ao lado do violonista Cainã Cavalcante, no Festival Rigas Ritmi; na África do Sul, com o Seu Domingos Trio do Jazz; e ainda na Suécia, no Brazilian Day Stockholm, novamente ao lado de Cainã.
Já Mestrinho é neto do tocador de oito baixos Manezinho do Carira e filho do sanfoneiro Erivaldo de Carira, de Sergipe. Com o DNA musical tão presente, já tocava sanfona aos seis anos de idade, desde então influenciado pela música de Dominguinhos, Sivuca, Pixinguinha, Hermeto Pascoal, entre outros. Já dividiu os palcos com Gilberto Gil, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Zélia Duncan, para citar alguns poucos. Mestrinho acompanhou Dominguinhos em diversos shows pelo Brasil, além de ter gravado, em 2015, o mais novo DVD de Ivete Sangalo. A circulação entre os palcos de grandes artistas brasileiros corre em paralelo com sua produção autoral. Em 2017, Mestrinho lançou o segundo álbum “É tempo pra viver”.
Por fim, o quarteto de virtuoses se completa com o fortalezense Cainã Cavalcante, que, com apenas 10 anos de idade, foi o 1° lugar no IV Concurso Nacional de Violão Musicalis, em São Paulo. Hoje, com 25 anos, deixa a condição de prodígio para ser um respeitado músico brasileiro, com currículo invejável para muitos veteranos. Em 2001, gravou seu primeiro CD “Morador do Mato”, com produção de Manassés de Sousa, Tarcísio Sardinha, Aroldo Araújo e participação mais do que especial do poeta e padrinho de batismo Patativa do Assaré. Já se apresentou em festivais pela França, como o Festival Mundial da Água, além de Cabo Verde, na África. Lançou, recentemente, o álbum “Corrente” e mantém outros projetos, como o duo de violões com um de seus maiores mestres, o violonista carioca Zé Paulo Becker.
Fotos: Reprodução