Hoje é dia de notícia boa para quem adora um bom queijo nacional! Isto porque 8 queijos tipicamente brasileiros serão homenageados pelo Sebrae e pelos Correios. Como? As duas instituições lançam, no próximo dia 12, uma coleção de selos que irá retratar esse produto que está na mesa do brasileiro de todas as regiões!
A série trará os queijos do Marajó (PA), de manteiga, cabacinha do Araguaia, Minas artesanal, artesanal paulista, da região do Diamante (SC), o artesanal serrano e o nordestíssimo queijo coalho.
O queijo coalho ou queijo de coalho é um tipo de queijo, produzido por fermentação e coagulação, tradicionalmente fabricado e amplamente consumido na região Nordeste. Tanto que está muito ligado à história da Região. De acordo com o historiador e escritor Luís Câmara Cascudo, a fabricação de queijo no Nordeste do Brasil data da instalação das primeiras fazendas nos sertões nordestinos, mas as referências a estes produtos datam da segunda metade do século XVIII.
Estima-se que o queijo coalho reconhecido como tal seja produzido há mais de 150 anos, tendo sua origem relacionada ao matulão, bolsa feita do estômago de animais em que os viajantes acondicionavam o leite. Como as jornadas eram longas, o leite coagulava e originava uma massa que, por sua vez, deu origem ao queijo de coalho.
No Ceará
No Ceará a terra do queijo coalho é o município de Jaguaribe, que tem preservado a tradição e a memória do “saber fazer local” que, além de ser um bem cultural, merece ser tratado como patrimônio imaterial.
O produto é tão importante que o município, através da lei 1.376/2017 instituiu o Dia Municipal do Queijo Coalho Artesanal de Jaguaribe, que é comemorado no segundo sábado do mês de julho. Logo em seguida, o Estado, através da Lei 17098/2019, incluiu no calendário oficial de eventos o Dia Estadual do Queijo Coalho Artesanal, lembrado no dia 15 de julho.
Diante da significativa representatividade do queijo coalho na Região Jaguaribana, o Sebrae Ceará, desde 2003, através da equipe do seu Escritório Regional, tem empenhado esforços para adequação das empresas à legislação vigente, com a implantação de BPF – boas práticas de fabricação, POPS – procedimentos operacionais padrão, dimensionamento da área de produção e equipamentos, associativismo de negócios, design de embalagem, diversificação da produção com agregação de valor e abertura de novos mercados.
E os avanços continuam. Segundo a articuladora Wandrey Pires, do Escritório Regional do Sebrae Ceará no Baixo Jaguaribe, foi iniciado o processo de sensibilização dos produtores e estruturação da governança visando o reconhecimento do produto na Lei da Propriedade Industrial Lei nº 9.279/1996 através da IG – Indicação geográfica. “O Selo valoriza a tradição produtiva e o reconhecimento público de que o produto de uma determinada região possui uma qualidade diferenciada. No caso de Jaguaribe iremos apenas chancelar o que de fato já existe”, reforça Pires.
Prepare-se para colecionar os selos especiais e já comenta aqui pra gente: qual o seu queijo favorito?
Fotos: Reprodução