Partos normais no Ceará diminuem e cresce o número de cesárias

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Apesar de todo o incentivo do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Saúde Suplementar em adotar medidas que incentivem o parto normal, assim como as significativas quedas nas taxas de mortes maternas ocorrida nos últimos anos, o Brasil não está conseguindo cumprir a meta de reduzir o número de cesarianas em três quartos (35 a cada 100 mil nascidos vivos) este ano.

O Brasil é um dos campeões mundiais em cesariana, onde mais da metade (53,7%) dos brasileiros nascem de partos cirúrgicos – contra 18% da média mundial, enquanto a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de apenas 15% para esse tipo de prática. Os números do País são preocupantes e no estado do Ceará não é diferente.

De acordo com dados da Secretaria de Saúde (Sesa), no período de 2010 a 2013 no Ceará, as cesárias realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) tiveram um aumento de 11,9%, já os partos normais sofreram uma redução de 18,7%. A cirurgia, sem indicação médica, ocasiona riscos desnecessários à saúde da mulher e do bebê. Cerca de 25% dos óbitos neonatais e 16% dos óbitos infantis no Brasil estão relacionados à nascimentos prematuros.

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Com o objetivo de incentivar o parto normal e reduzir a ocorrência de cesarianas desnecessárias, tanto na saúde suplementar (convênios) como no sistema público (SUS), encontra-se em fase de desenvolvimento um projeto piloto de incentivo ao parto normal em conjunto com a Agência Nacional de Saúde (ANS), o Hospital Israelita Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI). O projeto reúne 23 hospitais privados e cinco maternidades do SUS.

No Ceará foram escolhidos três hospitais para participar do projeto piloto, dois do SUS (Hospital da Mulher de Fortaleza e Hospital Cura D’Ars) e um privado (Hospital Regional Unimed Fortaleza).

 

Fotos: Reprodução. 

 

 

 

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