Pequenos negócios voltam a contratar mais do que demitir, diz Sebrae

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Durante muitos anos, a taxa de sobrevivência das pequenas empresas brasileiras era assustadora. Nem 30% dos negócios sobreviviam aos primeiros dois anos. Segundo pesquisas do Sebrae sobre o tema, a média nacional de sobrevivência já chegou a 75,6%.

Entretanto, o cenário mudou e apesar da crise econômica que o País enfrenta – no qual desde fevereiro deste ano, as micro e pequenas empresas não apresentavam número de contratações superior ao de demissões, no mês de agosto o saldo ficou positivo em 623 vagas. No mesmo período, as médias e grandes empresas fecharam 34 mil vagas. O recorte dos dados foi feito pelo Sebrae com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Para o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, os pequenos negócios são os primeiros a dar respostas aos sinais positivos da economia. Ele acredita que, nos próximos meses, as micro e pequenas empresas vão continuar contratando mais do que demitindo, mas não será suficiente para zerar o estoque negativo de demissões no acumulado de 2016 até agosto.

“Enquanto as grandes empresas esperam sinalizações do governo na questão macroeconômica, como a PEC do Teto dos Gastos e a Reforma da Previdência, as micro e pequenas empresas avançam o sinal desde que haja crédito. O pequeno empresário é movido pela necessidade de sobrevivência do próprio empreendimento”, afirmou Afif.

O setor que mais contratou trabalhadores foi o de Serviços, que teve um incremento de 10,8 mil vagas, seguido pelo do Comércio, com 5,2 mil. “Aos poucos, está diminuindo a carga de notícias negativa na economia e voltando a confiança para consumir”, analisou o presidente do Sebrae.

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Grande ajuda

Os pequenos negócios são cada vez mais importantes para a economia brasileira. A cada ano, são cada vez mais pequenos empreendimentos enquadrados no Supersimples e que são responsáveis pelo acréscimo de empregos com carteira assinada no País.

Nesse contexto, o Sebrae tem desempenhado um papel estratégico. Há mais de 40 anos o órgão atua com foco no fortalecimento do empreendedorismo e na aceleração do processo de formalização da economia por meio de parcerias com os setores público e privado, programas de capacitação, acesso ao crédito e à inovação, estímulo ao associativismo, feiras e rodadas de negócios.

Fotos: Reprodução. 

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