Pesquisa comprova: ódio por mulheres tem a ver com doença mental

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Muitas vezes confundida com o machismo, a misoginia é o ódio que diversos homens sentem pelo sexo feminino e tudo o que está ligado a ele. Esse tipo de preconceito não é uma invenção moderna e aparece desde os primórdios das sociedades.

Homens misóginos podem se apresentar de diferentes maneiras, mas normalmente são conquistadores e galantes e, por isso, quando mostram as agressões, as mulheres custam a acreditar. Para entender melhor a mente de quem é misógino, pesquisadores da Universidade Estadual de Indiana, nos Estados Unidos, reuniram dados de 78 estudos já realizados sobre o comportamento masculino no que diz respeito à saúde mental e às percepções de masculinidade.

Durante a pesquisa foram analisadas informações de 19.453 homens. De acordo com o líder do estudo, Joel Y. Wong, a análise se ateve a 11 dimensões de masculinidade: dominância, busca por vitória, controle emocional, comportamento playboy, liderança no trabalho, autossuficiência, níveis de homofobia, busca por status, poder sobre as mulheres, violência e tomada de risco.

→ Pressão social

Os resultados revelaram que as pressões sociais para que homens manifestem o que é esperado deles em termos de masculinidade e poder sobre as mulheres acabam, no final das contas, comprometendo a saúde mental dos machões.

Entretanto, por mais que esse tipo de análise comprove o que para muitos de nós já é óbvio: quem tem comportamento misógino possivelmente tem outros problemas de saúde mental, ainda é preciso discutir o tema com mais profundidade e não minimizar a violência de gênero com base no argumento de que o homem violento é “doente”.

Afinal, vamos ser sinceras: Para quase todas as doenças existem remédios e tratamentos hoje em dia, e se um homem odeia tanto uma mulher – ou duas ou todas – a ponto de querer cometer alguma violência contra ela, ele precisa se tratar. E se a violência aconteceu ou vem acontecendo não hesite em denunciar.

 

 

 

Fotos: Reprodução. 

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