Um dos motivos para o sucesso do Tinder é a facilidade de uso: basta ter uma conta no Facebook para entrar no app. Após o cadastro, com base em fotos de perfil e dados básicos, o aplicativo possibilita que o usuário encontre pessoas interessantes para iniciar uma conversa e, quem sabe, algo a mais na sequência.
Acabar com a rejeição na Internet e permitir que duas pessoas realmente interessadas uma na outra possam conversar parece uma ótima ideia, no entanto, nem tudo são flores para os usuários do Tinder.
Isso porque recentemente uma pesquisa apresentada na convenção anual da Associação Psicológica Americana foi divulgada, revelando que os adeptos do aplicativo — homens e mulheres — têm uma percepção mais negativa da imagem do próprio corpo do que as pessoas que não acessam o aplp.
De acordo com Jessica Strubel, da Universidade do Norte do Texas, que apresentou a pesquisa com co-autoria de Trent Petrie, da mesma universidade, os usuários do Tinder relataram ter níveis mais baixos de satisfação com seus rostos e corpos e ter níveis mais baixos de autoestima do que os homens e as mulheres que não usam o aplicativo.
Para chegar a esta conclusão os pesquisadores ouviram 1.044 mulheres e 273 homens, em sua maioria estudantes de graduação. Os voluntários foram convidados a preencher questionários sobre seu uso do Tinder, sua impressão com a própria imagem, fatores socioculturais, objetivação em relacionamentos e bem estar psicológico.
Cerca de 10% relataram usar o Tinder. Os usuários de ambos os sexos relataram menos satisfação com seus corpos em comparação com os não usuários, segundo a pesquisadora Strubel. Mas apenas usuários do sexo masculino relataram níveis mais baixos de autoestima.
“Descobrimos que estar ativamente envolvido com o Tinder, independentemente do sexo do usuário, foi associado à insatisfação, vergonha e monitoramento do corpo, internalização de expectativas sociais de beleza, comparação física para com os outros, e dependência de se informar sobre a aparência e atratividade”, disse Strubel.
Os autores do estudo pontuaram, no entanto, que mesmo que os usuários do Tinder tenham baixos níveis de autoestima não significa que é o aplicativo que está causando isso. O estudo indica, apenas, que pessoas do tipo têm mais interesse por esses aplicativos.
Será heim? Algumas pessoas até gostam de se esconder por traz das telas e viver em um mundo virtual, mas será aqueles boys lindos que a gente vê no app sofrem de baixa autoestima? O que você acha?
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