Nós temos cada vez mais afazeres em nosso dia a dia. É trabalho, são cursos, conseguir tempo para a família, cuidar da casa e das contas. Muita gente até consegue levar tudo isso de uma forma mais tranquila, já outras pessoas não conseguem deixar de preocupar.
Se preocupar se o trabalho está bem feito, com as contas que estão para chegar, em ter tempo para a família. A preocupação pode vir a causar estresse, mas você sabia que ela também pode ser um sinal de inteligência?
Segundo um grupo de pesquisadores da Universidade Lakehead, em Ontario, no Canadá, preocupar-se pode ser um sinal de um certo tipo de inteligência.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores canadenses fizeram um estudo que levou o nome de “Is the worrying and ruminating mind a more intelligent mind?” e será publicado completo no mês que vem, fevereiro.
Para o estudo, foram entrevistados 126 universitários, a maioria mulheres, que responderam alguns questionários para descobrir o quanto eles se estressam com os acontecimentos diários de suas vidas. Durante a pesquisa, os participantes tiveram que dizer o quanto concordavam com a afirmação “Estou sempre preocupado com alguma coisa”.
A equipe liderada por Alexander Penney analisou as respostas e descobriu uma relação entre preocupação e inteligência verbal, que está ligada à habilidade para falar, ler e escrever.
O pesquisador concluiu que os entrevistados que mais repetiram eventos passados em suas mentes foram os que mais ficaram abaixo no ranking da inteligência não verbal.
“É possível que indivíduos mais verbalmente inteligentes sejam capazes de considerar os acontecimentos passados e futuros com maior riqueza de detalhe, ruminando pensamentos e preocupações. Indivíduos com maior índice de inteligência não verbal podem ser mais fortes no processamento de sinais não verbais das pessoas que interagem no momento, diminuindo a necessidade de se repensar os encontros sociais”, explicou Penney.
De acordo com reportagem publicada no jornal britânico Daily Mail, a hipótese dos pesquisadores é que pessoas com inteligência verbal tendem a passar mais tempo fazendo conexões entre eventos passados e futuros, pensam mais nos detalhes e, talvez por isso, acabam tendo mais com o que se preocupar.
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