Desde a meia noite da última quarta-feira (29) já está em vigor o reajuste de 6% no litro da gasolina e de 4% no litro do diesel. O aumento refere-se ao preço da venda dos combustíveis nas refinarias da Petrobras e que posteriormente serão repassados ao consumidor pelas distribuidoras de combustíveis e donos de postos de abastecimento.
A Petrobras informou o aumento por meio de comunicado divulgado no final da noite de terça-feira (28). Esse é o primeiro reajuste de preços nos combustíveis na gestão de Aldemir Bendine, que assumiu a petroleira em fevereiro com a missão de recuperar a empresa.
O preço nas bombas é livre e depende das margens de distribuição e revenda, ou seja, costuma ser reajustado à medida que o combustível com preço novo chega aos postos. Portanto, ainda não há estimativas oficiais sobre o impacto do reajuste no bolso dos consumidores. O último reajuste de preços de combustíveis, anunciado em novembro pela ex-presidente Graça Foster, gerou, na época, impacto entre 2% e 2,5%. Em janeiro deste ano, a tributação sobre os dois combustíveis também foi elevada, com um repasse na bomba de R$ 0,22 para a gasolina e de R$ 0,15 para o diesel.
De acordo com a estatal os percentuais são de aumento médio, o que significa que em alguns estados poderá ser maior ou menor. No comunicado, a Petrobras explicou ainda que os preços da gasolina e do diesel reajustados pela empresa não incluem os tributos federais Cide e PIS/Cofins nem o tributo estadual ICMS.
A decisão de aumentar novamente os preços da gasolina e do diesel foi tomada pela Petrobras em função da necessidade de caixa da empresa devido ao impacto da alta do dólar no seu endividamento externo. Foram analisadas também propostas para novo corte de investimentos. Em junho deste ano, a companhia anunciou redução de 37% nos investimentos no período entre 2015 e 2019. Um novo corte, entretanto, ainda não foi definido.
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