Na noite de ontem (28), a Petrobras anunciou a descoberta de uma nova acumulação de petróleo e gás na camada pré-sal, na Bacia de Campos, Rio de Janeiro, a 195 quilômetros da costa fluminense. A descoberta foi feita num poço, chamado de Pão de Açúcar, perfurado a uma profundidade de 2.800 metros. O teste feito no poço, indica que ele pode ter produção diária de 5 mil barris de petróleo e 807 mil metros cúbicos de gás.
O bloco onde o Pão de Açúcar foi perfurado, BM-C-33, já havia mostrado grande potencial por meio de outros dois poços, o Seat e o Gávea, de acordo com a Petrobras. O poço de Gávea, chegou a ser considerado como uma das maiores descobertas do mundo em 2011, segundo nota da empresa Repsol-Sinopec Brasil. O próximo passo da Petrobras será a realização de estudos complementares na área para confirmar a extensão e o volume da descoberta. A área é operada pela Repsol-Sinopec Brasil, que tem 35% de participação no bloco, em parceria com a Statoil (35%) e a Petrobras (30%).
A camada pré-sal é uma faixa que se estende entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, ao longo de 800 quilômetros, englobando três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo que fica abaixo dessa camada de sal, está a uma profundidade que geralmente pode superar os 7 mil metros. Já existem vários campos e poços do pré-sal descobertos, entre eles o de Tupi, o principal. Há também os nomeados Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, Júpiter e Iara, entre outros. Mas foi a descoberta de reservas gigantescas no Tupi em novembro de 2008, que fez o mundo todo se voltar para o Brasil, por conta do potencial econômico que esses poços podem gerar.
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