Todo mundo sabe que precisa se exercitar com frequência se quiser manter a saúde ao longo dos anos, não é mesmo? No entanto, por mais que saibamos que o corpo humano foi feito para se manter em movimento e não sentado na frente da televisão, os planos de mudar o estilo de vida, calçar o tênis e fazer uma caminhada geralmente são deixados para o dia seguinte. Mas por que será que isso acontece? Se as pessoas sabem que o exercício é fundamental para a manutenção da saúde, porque o deixam de lado?
Uma pesquisa da Universidade Simon Fraser, no Canadá, divulgada recentemente pelo site da “BBC”, fez com que nove voluntários usassem uma espécie de aparelho ortopédico que dificultasse o ato de caminhar. As conclusões da pesquisa sobre a preguiça de malhar são surpreendentes. Confira!
Após colocar a espécie de aparelho ortopédico nos participantes e esperar alguns minutos, todos os voluntarios do estudo já haviam modificado seu modo habitual de caminhar para usar menos energia, ou seja, queimar menos calorias. Segundo os estudiosos, o sistema nervoso continuou a aprimorar os movimentos do andar das pessoas para manter um baixo gasto de energia. “E isso é uma notícia ruim para quem gosta de comer muito”, disse o professor de fisiologia Max Donelan, co-autor do estudo.
Os pesquisadores apontam que as conclusões do estudo acerca da preguiça de malhar se encaixam na “tendência” de usar o menor esforço possível nas tarefas físicas. “Fornecemos uma base psicológica para essa preguiça ao demonstrarmos que mesmo em um movimento bem comum como andar, o sistema nervoso monitora a energia usada e vai aprimorando e re-aprimorando os padrões, em um exercício constante para se mover de uma forma que gere menos gasto calórico possível”, afirmam os cientistas.
Portanto, de acordo com os resultados da pesquisa, se mesmo após um mês matriculada em uma academia você já começa a se boicotar e a inventar desculpas para faltar o treino simplesmente por preguiça de malhar, saiba que, apesar da culpa natural, você deveria saber que, está apenas “respeitando” sua natureza. Afinal, segundo o estudo, humanos são biologicamente “programados” para serem preguiçosos.
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