Um dos principais problemas encontrados nas cidades é o lixo. O resultado do consumismo da sociedade nem sempre possui um lugar e um tratamento adequado, resultando no acumulo muitas vezes em locais impróprios, como encostas, rios e córregos.
Atento a essa questão e também as condições trabalhistas daqueles que buscam manter a cidade limpa – os garis, o vereador Ronivaldo Maia (PT), durante pronunciamento pelo tempo da Liderança da Oposição, na sessão ordinária de ontem (quinta-feira, 17), voltou a pedir atenção para a problemática do lixo em Fortaleza. O parlamentar também proferiu algumas considerações sobre o artigo “Estamos tirando Fortaleza do lixo”, do secretário de Conservação e Serviços Públicos da Prefeitura, João Pupo, que foi publicado no Jornal O Povo no mesmo dia.
Para Ronivaldo, o fato do secretário falar sobre o assunto já é um reconhecimento de que existem problemas em relação a coleta de lixo da nossa cidade. No entanto, ele questionou algumas afirmações feitas pelo secretário no artigo que foi veiculado. “Ao falar que a prefeitura não demitiu garis, é lógico que não o fez, até por que não pode fazê-lo, mas a forma como vêm conduzindo o problema do lixo, resultou na demissão dos garis. Sobre a coleta regularizada, nunca falei que não era, apenas que diminuiu e isso fez o lixo se acumular”, afirmou o parlamentar.
Houve ainda a denúncia sobre as condições de trabalho nas Zonas Geradoras de Lixo. “A atual gestão foi autuada com 41 infrações trabalhistas devido às condições indignas de trabalho dos garis”, informou ele. Segundo Ronivaldo, a problemática não se resume apenas nas condições trabalhistas, mas também ao acúmulo de lixo nos canteiros centrais da cidade e cobrou do Executivo, mais atenção por parte da gestão em relação ao lixo de Fortaleza. “Muito se tem colocado a culpa na população ou nos grandes geradores, porém não foi realizada sequer uma campanha de educação ambiental para conscientizar as pessoas”, finalizou.
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