Com o objetivo de aumentar em pelo menos 20% a produtividade das indústrias brasileiras com modificações rápidas e de baixo custo, com foco na redução de desperdícios, o Governo Federal lançou na última semana (quarta-feira, 6) o programa Brasil Mais Produtivo. Com medidas para aumentar a produtividade de pequenas e médias indústrias, o programa prevê beneficiar três mil participantes até o final de 2017.
O programa tem orçamento de R$50 milhões, dos quais R$25 milhões são proveniente do Senai e outros R$25 milhões de órgãos como Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e do orçamento do próprio ministério.
Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior (MDIC), o Brasil Mais Produtivo é realizado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Além disso, o programa conta com apoio do Sebrae e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Participação direta do Sebrae
A diretora-técnica do Sebrae, Heloisa Menezes, explicou que a instituição vai atuar complementarmente, disponibilizando consultores do Sebraetec para atendimentos de soluções tecnológicas nas empresas. “A nossa intenção é de aprofundar o trabalho, pois o Sebrae já atua em todos os 77 arranjos produtivos em diferentes aspectos no que diz respeito à capacitação gerencial e tecnológica, acesso a mercados, inovação”, afirmou.
Até o próximo mês, o programa será iniciado em dez estados: Bahia, Ceará, Pernambuco, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso. A meta é implementar as ações do Brasil Mais Produtivo em todas as unidades da Federação até o final do ano.
As empresas receberão 120 horas de atendimento de consultores do Senai, que irão aplicar as ferramentas da metodologia de manufatura enxuta, baseada na redução dos sete tipos de desperdícios mais comuns no processo produtivo: superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos.
Poderão participar empresas de médio e pequeno porte que tenham de 11 a 200 empregados. Na primeira fase, as empresas terão que ser dos setores metalmecânico, vestuário, calçados, moveleiro e de alimentos e bebidas.
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