A osteoporose é uma doença que afeta os ossos, deixando-os mais frágeis e vulneráveis a fraturas. No Brasil, a cada ano ocorrem cerca de 2,4 milhões de fraturas decorrentes desta doença e em média 200 mil pessoas morrem todos os anos no país por complicações devido as fraturas ocasionadas.
Um estudo publicado na edição de setembro da revista científica Journal of Bone and Mineral Research e conduzido por pesquisadores da Universidade de Loughborough, na Grã-Bretanha, diz que fazer dois minutos de saltinhos ou pulos por dia fortalece os ossos e reduz o risco de fraturas. Em particular, os pequenos saltos podem nos proteger de uma fratura no quadril em caso de queda, diminuindo também a probabilidade de desenvolver osteoporose.
Os pesquisadores analisaram um grupo de 34 pacientes com idade entre 65 e 80 anos, que durante um ano executaram um programa de exercícios distribuídos aleatoriamente que envolviam pular com apenas uma perna. No período da investigação foi pedido aos voluntários que modificassem os seus hábitos diários relacionados à atividade física, exceto a adição dos pulos.
Os resultados do estudo mostraram que houve uma melhora de até 7% na densidade óssea da parte externa do osso e também na densidade da camada de osso esponjoso. Segundo os pesquisadores, a melhoria mais importante foi o aumento de massa nas áreas mais finas do osso, que consequentemente correm maior risco de fratura após uma queda.Os autores acreditam que estes resultados têm implicações importantes para a prevenção e tratamento da osteoporose, que afeta os idosos e está associada a um risco aumentado de fratura no quadril.
“As fraturas no quadril são um importante problema de saúde pública entre os idosos, gerando custos econômicos e sociais elevados. Os afetados sentem muita dor, perda de mobilidade e de independência, além do aumento do risco de morte. Nós sabemos que o exercício pode melhorar a resistência óssea e, por isso, queríamos testar um exercício fácil e rápido para as pessoas praticarem em suas casas”, disse Sarah Allison, uma das autoras do estudo.
Apesar dos resultados satisfatórios os cientistas ressaltam que, como em qualquer outra modalidade de exercício, é preciso começar a pular com cautela, pois uma queda poderia causar fraturas em alguém com ossos fracos.
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