Na semana passada uma notícia não agradou em nada os internautas do País. Isso porque Christian Gebara, executivo da Telefônica/Vivo, responsável pela recente fusão com a operadora GVT, causou polêmica ao anunciar a adoção do limite de dados em Internet fixa que a empresa começou a usar este ano. Segundo ele, quem faz uso de plataformas de streaming, como YouTube e Netflix, terá de pagar planos mais caros.
Gebara afirma que “a ideia é que o consumo seja como uma conta de luz, onde o cliente pagará apenas o que precisar”. O executivo também diz que a adoção de limite de dados em Internet fixa, sob pena de corte de conexão, é uma tendência mundial e “um caminho sem volta”.
Entretanto, este cálculo mostra que os limites oferecidos atualmente pela Vivo e outras operadoras, como NET e Oi, não são suficientes para os hábitos de muitos dos consumidores. Para a Vivo, porém, essas estimativas estão erradas e são “exageradas”, dizendo que foi feita uma análise em sua própria rede de usuários.
Perguntado sobre como esse limite no uso afeta os usuários, Gebara disse que apenas “uma porcentagem muito baixa” dos usuários será prejudicada, enquanto aqueles que fazem uso leve – nas palavras do executivo, “e-mails e navegação” – serão beneficiados.
A questão da Internet fixa já é preocupação para milhões de brasileiros, mas o que pode ser feito a respeito disso? Há alguma maneira de barrar a adoção desse modelo de cobrança? Um dos caminhos seria a intervenção da Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, que fiscaliza as empresas do setor em todo o Brasil e tem a responsabilidade de punir possíveis crimes contra o consumidor.
No entanto, tudo indica que o órgão não anda muito interessado nessa intervenção. Será esse o fim das maratonas intermináveis de séries na Netflix, ou dos vídeos de gatinhos engraçados no You Tube? O que nos resta agora é torcer para que a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) nos ajude.
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