Quem faz uso da pílula anticoncepcional há um tempo já conhece os seus efeitos no corpo, como ciclos menstruais mais leves e menos cólicas. Para muitas mulheres deixar de usar o anticoncepcional hormonal causa pavor. E com razão! Largar a pílula de uma hora para outra pode causar inúmeros sintomas e traumas, despertando medos bem profundos, já que um dos grandes dilemas da mulherada está vinculado ao ciclo reprodutivo e, claro, à menstruação.
Entretanto, deixar os métodos contraceptivos com hormônios é uma decisão que pode, sim, trazer benefícios à saúde da mulher. De acordo com ginecologistas, além de melhoria nas celulites, diminuição na retenção de líquidos e do risco de varizes, as principais vantagens são a redução do risco de eventos cardiovasculares e a não interferência na libido. Para quem pretende abandonar a pílula anticoncepcional, o No Pátio separou algumas dicas de especialistas.
Antes de conhecer um pouco mais sobre as diversas maneiras de prevenir uma gravidez não programada, é importante ressaltar a necessidade de combinação de métodos: A camisinha sempre deve ser usada, independente do método anticoncepcional que foi escolhido, com ou sem hormônios. Não esqueça que todos esses métodos previnem a gravidez, mas não o contato com doenças sexualmente transmissíveis (DST), como HPV, HIV e sífilis.
◊ Entre os principais métodos comportamentais, estão:
– Tabelinha
Consiste em evitar o coito no período fértil, levando em conta que o dia da ovulação acontece exatamente na metade do ciclo. A principal falha é errar o cálculo e acabar mantendo relações no período em que deveria haver abstinência.
– Coito Interrompido
É o ato de evitar a ejaculação dentro da vagina. O principal motivo de falha é que, antes da liberação do esperma, o homem pode liberar um líquido rico em espermatozoides, além da possibilidade de iniciar a ejaculação antes da interrupção.
◊ Entre os principais métodos de barreira, estão:
– Preservativo (masculino e feminino)
É a conhecida camisinha. Para quem tem alergia ao material, já existem no mercado preservativos feitos de outros componentes.
– Diafragma
É um dispositivo flexível, de látex, que é colocado dentro da vagina e fecha o canal do colo do útero, impedindo que o sêmen chegue até ele. Precisa ser indicado pelo ginecologista, porque existem vários tipos e tamanhos e é preciso medir o ideal para cada mulher. As principais falhas são a inserção incorreta e a retirada do dispositivo antes do período recomendado. O preço é cerca de R$100 e pode ser reutilizado por até três anos.
– Dispositivo intrauterino de cobre
O dispositivo é feito de cobre, normalmente em forma de T, e é colocado no interior da cavidade uterina, onde age como método contraceptivo ao liberar cobre por sua estrutura e tornar o ambiente hostil aos espermatozoides. Depois de uma semana de sua colocação, é preciso fazer um ultrassom transvaginal, para verificar se ele está bem localizado – e é importante repetir o exame anualmente para se certificar de que ele continua no lugar certo. O dispositivo custa cerca de R$80,00, a inserção pode variar de R$500 a R$2000 e o DIU pode ser utilizado por até dez anos.
Se você já se informou bastante e realmente decidiu deixar a pílula anticoncepcional de lado é importante marcar uma consulta ginecológica para conversar sobre os métodos contraceptivos que você poderá utilizar. Lembre-se que não existe um método ideal para todas as pessoas, uma vez que cada um deles possui as suas próprias características e se adequam de maneira diferente em cada uma.
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