Reforma Previdenciária é discutida na Câmara Municipal

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Conforme amplamente divulgado, as propostas da Reforma Previdenciária estão sendo bastante criticadas e vem trazendo muitas dúvidas aos trabalhadores – que de uma hora para outra podem ter todo o seu planejamento de aposentadoria alterado. O momento político é de turbulência e a reforma das aposentadorias há algumas semanas  vem sendo pauta de debates na tribuna da Câmara Municipal de Fortaleza. Um exemplo foi o debate que aconteceu na manhã da terça-feira (13), em que o vereador Acrísio Sena (PT) aproveitou seu tempo no Grande Expediente para expor sua opinião sobre o tema.

Na ocasião, o parlamentar trouxe a tese de que no Brasil não há rombo na previdência social e acusou o Governo Federal de vender essa ideia através dos meios de comunicação. Para o vereador, o governo faz um cálculo simplório, pegando apenas a contribuição previdenciária, o total de benefícios e diminuindo, o que dá um déficit. O que seria correto, segundo ele, é acrescentar nessa conta os recursos provenientes da Contribuição Social Sobre o Lucro Liquido, a Contribuição sobre o Financiamento da Seguridade Social e o Pis-Pasep.

Ainda de acordo com o petista, esse pensamento foi resultado de um longo estudo, que levou em consideração a opinião da economista Dra. Denise Gentil, formada pela Universidade Federal de Rio de Janeiro, da Associação dos Conselhos Federais dos Fiscais da Receita e Diap. Durante sua fala, Acrísio propôs outra forma que não seja essa proposta da Reforma Previdenciária para melhorar a economia do País.

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“Estão colocando que ou faz a reforma ou não tem outro caminho. Mas existe sim. A renúncia fiscal, que só para o próximo ano prevê mais de 69 bilhões de renúncia, apenas de recurso da previdência; a sonegação fiscal, que só em 2015 foram de 453 bilhões aos cofres públicos; os juros da dívida, que somam 501 bilhões de reais gastos no ano passado. Ai é onde está a essência do desequilíbrio do deficit real e não fictício, o real rombo. Essa é a realidade e não a proposta de tentar botar nas costas do trabalhador. Essa é uma política perversa contra os trabalhadores rurais, mulheres, trabalhadores, contra os 70% que depende da previdência”, finalizou o vereador.

Tenso não é mesmo? E você, está preparado para contribuir 49 anos para a Previdência para ter direito à aposentadoria integral? O que você acha da Reforma Previdenciária?

Fotos: Reprodução. 

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