Põe tapioca, põe farinha d’agua, põe açúcar, não põe nada! Dar para entender muito bem quem não dispensa o açaí, não é mesmo? Afinal, além de ser deliciosa, a fruta tem propriedades que fazem bem à pele, coração e ainda é antienvelhecimento. No entanto, pouca gente sabe que essa fruta típica de uma palmeira amazônica ganhou um corrente no mesmo patamar.
Isso porque um grupo de cinco empreendedores do Rio de Janeiro descobriu no fruto da palmeira juçara uma fonte de riqueza e sustentabilidade até então ignorada. A árvore, que é típica da Mata Atlântica, é muito similar às árvores que produzem o fruto do açaí no Pará e no Maranhão. Ao extrair a polpa do fruto, se tem uma substância com cor, textura e sabor muito parecidos com o açaí. E mais, o fruto da palmeira juçara tem propriedades nutritivas mais ricas que o açaí convencional, é quatro vezes mais antioxidante e possui mais potássio e ferro.
Correndo risco de extinção por conta da exploração ilegal e predatória de palmito, que mata a planta após a sua extração, os empreendedores perceberam que o fruto da palmeira juçara poderia ser explorado sem danos ao meio ambiente. Com isso, decidiram elaborar um negócio sustentável com sua polpa e em 2011, foi criada a “Juçaí”, empresa que hoje comercializa sobremesas feitas com a polpa do fruto da juçara.
Depois disso, o grupo decidiu que comercializar a polpa não era a melhor opção e preferiu apostar na produção de sobremesas feitas com o fruto. Então, em 2014, construíram uma fábrica no sítio de George Braile, um dos sócios, passando não só a realizar pesquisas de mercado e desenvolver a marca como também a incentivar os produtores da região a cultivar a juçara.
O Juçaí é vendido em mais de 160 pontos na cidade do Rio de Janeiro, como cafés e lojas de produtos orgânicos. O preço do pote de 200 ml varia entre R$9,50 e R$11, dependendo da loja. Atualmente, a sobremesa está disponível apenas no sabor banana, mas novas opções como goiaba e maracujá estão sendo elaboradas, assim como um plano de expansão.
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