Saiba o que é mito e verdade sobre a transição para os alimentos sólidos

Comportamento|Estilo de Vida|Pais e filhos

Depois de um longo período em que o pequeno se alimenta apenas de leite materno, saber como incorporar as papinhas, as sopinhas e as frutas ao cardápio costuma deixar alguns pais meio perdidos. Afinal, com tantos mitos e verdades que envolvem o assunto, a hora do desmame costuma ser traumática tanto para a mãe quanto para o bebê.  Porém, parar de amamentar não precisa ser um bicho de sete cabeças.

Para ajudar pais e filhos na transição da amamentação para alimentos sólidos, reunimos dicas preciosas de nutricionistas e pediatras. A ideia é tornar a hora da refeição um momento prazeroso e cheio de descobertas para a garotada.

◊ Alimentos sólidos podem ser introduzidos a partir dos quatro meses de idade

Verdade! A maioria dos pediatras recomendam o começo da alimentação com sólidos entre quatro e seis meses de idade. Entretanto, a Organização Mundial da Saúde recomenda exclusivamente a amamentação até os seis meses e a introdução dos sólidos nessa mesma época.

Independentemente da idade , é importante que o seu filho esteja preparado para essa transformação. Ele deve ter um bom controle da cabeça e do pescoço, saber se sentar usando um apoio, ter intervalos curtos entre suas refeições e ele sempre dará pistas quando estiver satisfeito.

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◊ Comida não pasteurizada é ótima para o bebê

Mito! Isso não é recomendável. Consumir leite não pasteurizado e derivados dele leva riscos às mulheres grávidas e às crianças. A pasteurização elimina bactérias como a Listeria, Campylobacter, Salmonella, Brucella, e E-coli, que podem gerar ameaças sérias à saúde, como meningite e diarreias.

◊ Carne é uma ótima escolha para começar

Verdade! Ferro e zinco são nutrientes essenciais para a saúde dos bebês. A maioria deles nasce com uma quantidade adequada de ferro, que acaba próximo aos quatro a seis meses. Os bebês que têm amamentação exclusiva precisam de outras fontes de ferro a partir dos seis meses de idade, já que o leite materno tem pouquíssimo desse mineral. Sendo assim, cereais ou carnes em purê são especialmente importantes.

Da mesma forma, o zinco, que está envolvido na formação do sangue e proteínas. Após seis meses, o leite materno não fornece todo o zinco que um bebê precisa, por isso a inclusão de fontes adicionais do mineral através de alimentos sólidos, tais como carne e cereal infantil fortificada.

◊ Devo evitar alimentos alergênicos até o primeiro ano de idade

Mito! A “regras” para isso estão sempre mudando. Por anos, os pais eram orientados a evitar alimentos alergênicos, como leite, ovo, soja, carne, peixe, amendoim, marisco, nozes e gergelim até que a criança fizesse um ano (algumas crianças tinham que esperar até os três anos!).

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A Academia Americana de Pediatria, entretanto, acredita, agora, que não há evidências que provem que não ingerir comida alergênica reduz o risco de desenvolvimento de alergias a alimentos. Para uma criança que não tem alto risco de desenvolver alergias alimentícias, comece a introduzir alimentos mais propensos a causar alergias entre os quatro aos 12 meses de idade. Se o seu filho está no grupo de risco, entretanto, ao ter um irmão ou parente com essa intolerância, o melhor a ser feito é agendar uma conversa com o pediatra e descobrir com ele qual é o momento mais adequado para introduzir essas comidas.

Estar atento aos sinais que indicam que o bebê está preparado para comer e não deixar que os medos nos impeçam de começar a oferecer as primeiras refeições com alimentos sólidos são as chaves para que as papinhas fiquem para trás naturalmente. Mas, seguindo as dicas do Pátio Hype isso não será tão difícil, não é mesmo?

Fotos: Reprodução. 

 

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