Para quem ainda não sabe, um hub, na aviação civil, é um ponto de conexão de cargas ou passageiros. Para as companhias aéreas, ele significa menos quilometragem de voos e economia de combustível. Para os passageiros, ele representa voos com escalas mais curtas, como não ter que ir até o sudeste para fazer uma conexão.
Três capitais nordestinas – Fortaleza, Natal e Recife – são candidatas para receber um hub da companhia aérea TAM. Um relatório divulgado pela empresa aponta que o aeroporto internacional Pinto Martins, em Fortaleza, necessita de ampliação de infraestrutura para receber o hub da empresa. O estudo aponta ainda que o aeroporto de Recife precisa de um novo terminal de passageiros para receber o hub ; já o de Natal, necessita concluir a expansão em andamento.
Estima-se que o hub da TAM movimente, a partir de 2018, 2 milhões de passageiros adicionais por ano, em 24 aeronaves operadas diariamente em simultâneo (entre 2.500 e 3.000 passageiros na hora-pico). Em 2038, o número de passageiros deverá chegar a 3,2 milhões por ano, em 36 aeronaves operadas diariamente.
Segundo o Governo do Estado do Ceará, o hub da TAM prevê a geração de 35 mil empregos diretos e indiretos até 2018, além de crescimento de 6% do PIB cearense, o que representa um impacto de R$9,9 bilhões na economia do Estado, num período de cinco anos de operação do equipamento.
“Os gargalos apresentados são completamente factíveis e plenamente viáveis de se resolver. O estado do Ceará se comprometeu a adotar todas as medidas necessárias junto à SAC para que sejam incluídos no plano de concessão do terminal aeroportuário, já em estudo, e garantir que todos sejam resolvidos, fazendo com que Fortaleza continue como a cidade mais indicada para a instalação do hub”, afirmou o secretário de Infraestrutura, André Facó.
Ainda de acordo com o Governo do Ceará, mais de um terço do impacto econômico (39%) virá dos setores de transporte e armazenagem, outros 17%, do setor de atacado e varejo, e 12% dos setores de hotel e alimentação. Já sobre o impacto em empregos, 29% virão nos setores de transporte e armazenagem, 29% de atacado e varejo, e 12% de hotéis e alimentação.
Essa é a expectativa vivida por Fortaleza na disputa para a implantação do novo centro da TAM. A empresa afirmou que a decisão final será baseada na análise global de uma série de critérios técnicos, como a competitividade de custos, atrelada a uma infraestrutura adequada para o empreendimento e a experiência dos passageiros.
As três cidades do Nordeste, candidatas a receber o hub da TAM, já estão realizando até campanha nas redes sociais para garantir que sua cidade seja a grande escolhida. E você, também vai entrar nessa torcida?
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