Apesar do ditado popular “a morte é a única certeza da vida” ser mais antigo do que as nossas tataravós, a maioria das pessoas detesta pensar em como será o fim da sua vida, e quando pensam é apenas ocasionalmente, em uma hipótese remota que logo é lançada bem longe. Entretanto, apesar da expectativa de vida das pessoas está aumentando, cada vez mais cresce a necessidade de os governos se planejarem e investirem em serviços de cuidados paliativos, que possam garantir aos seus cidadãos uma morte digna e confortável, já que a população está ficando cada vez mais velha.
No mês de outubro, um ranking divulgado pela The Economist Intelligence Unit mostrou o “Quality of Death Index”, que traduzindo para o bom português significa “Índice de Qualidade da Morte”. É isso mesmo, a pesquisa fez um ranking que elegeu os melhores (e também os piores) lugares do mundo para morrer.
Atualmente em sua segunda edição, o Índice de Qualidade da Morte avaliou 80 países em 20 diferentes indicadores e definiu “cuidados paliativos” como aqueles que prezam pela melhora na qualidade de vida de pacientes enfrentando riscos de morte e seus familiares. Incluem-se ainda nessa ideia, a prevenção de doenças, o alívio do sofrimento e outros problemas de cunho emocional e psicológico.
O primeiro lugar da lista(pela segunda vez consecutiva), considerado “o melhor lugar para morrer” ficou com o Reino Unido. No topo do ranking também estão Austrália, a Nova Zelândia, a Irlanda e a Bélgica. Em comum, esses países compartilham aspectos como altos gastos públicos na área da saúde e subsídios financeiros para garantir a acessibilidade aos serviços de cuidados paliativos.
E o Brasil? Nossa terrinha ficou no 42º lugar, na frente de outros países latinos como a Venezuela (45º) e o Peru (49º). É gente, a pesquisa constatou que o governo ainda investe pouco em cuidados paliativos no País e que apesar do plano nacional de cuidados paliativos prever o atendimento domiciliar para pacientes terminais, a implementação ainda não é uniforme em todo o território nacional.
Então, é partir para o Reino Unido ou torcer para que no próximo ranking sobre o Índice de Qualidade da Morte o Brasil ocupe uma posição melhorzinha?
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