Após facilitar a entrada de refugiados sírios, o Brasil passou a ser o país que mais recebeu pessoas desse grupo na América Latina. Mas além da barreira do idioma, encontrar um trabalho estável é um dos maiores desafios que essas pessoas enfrentam para se estabelecer no País.
Visando amenizar esse problema, o Sebrae fechou na tarde última sexta-feira (1º) uma parceria com o Conare (Comitê Nacional para os Refugiados). O intuito do projeto “Refugiado Empreendedor” é oferecer um curso de empreendedorismo para refugiados e solicitantes de refúgio no Brasil. Os cursos oferecidos são gratuitos e ministrados à distância ou presencialmente. Em uma primeira fase, serão capacitados 250 refugiados na capital paulista.
Além da capacitação empresarial, a parceria entre as duas instituições pretende estimular a formalização dos empreendimentos dirigidos pelos refugiados e facilitar o acesso ao crédito para este público, explica o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. “O empreendedorismo é uma forma de incluir socialmente e, economicamente, os milhares de refugiados que o Brasil abraçou. É uma chance de eles conquistarem parte da vida que deixaram para trás”.
O projeto piloto começa no dia 26 de abril e será composto por quatro fases. Na primeira, será oferecida uma palestra de sensibilização e capacitações online. Os refugiados que quiserem continuar no programa poderão participar presencialmente de um pacote de cursos do Sebrae. A terceira e quarta etapa serão voltadas para a formalização dos empreendimentos deste público e para a possível obtenção de crédito empresarial.
Segundo dados do Conare, que é vinculado ao Ministério da Justiça, atualmente existem no Brasil 8.600 refugiados reconhecidos e mais 20 mil solicitantes de refúgio. A maioria é formada por sírios, angolanos, colombianos, congoleses e libaneses.
Para participar do projeto “Refugiado Empreendedor”, os refugiados devem falar português básico, estar no Brasil há pelo menos um ano e possuir CPF.
Fotos: Reprodução.