Sebrae faz levantamento sobre e-commerce no país

Acontece|Atualidades|Negócios|Sebrae/CE


No último dia 28, em São Paulo, o Sebrae divulgou uma espécie de raio-x sobre a situação do e-commerce no país. O quadro mostra poucas alterações em relação à pesquisa realizada no ano passado. A supremacia na modalidade ainda é da região sudeste, sobretudo de São Paulo.

Segundo o Sebrae, os dados do levantamento reforçam o Sudeste e Sul como duas principais regiões do e-commerce no país, com resultados semelhantes ao que foi observado no ano passado. Em uma questão de múltipla escolha, São Paulo se mostrou ser o principal mercado para 86% dos respondentes. O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (71%), Minas Gerais (64%), Paraná (38%) e Rio Grande do Sul (34%).

ecommerce2O resultado está alinhado com o tamanho dos mercados consumidores nestas regiões e com o fato de mais de quatro quintos dos principais centros de distribuição de produtos do país ainda estarem divididos entre Sudeste (58% do total) e Sul (25%) do país. Seguem o Nordeste (10%), Centro-Oeste (5%) e Norte (2%).
A surpresa, no entanto, ficou com a força da Bahia, que foi o oitavo principal mercado no ranqueamento nacional, apontado como um dos cinco principais mercados para 20% dos respondentes. O resultado da Bahia mostra uma tendência de crescimento do Nordeste e também no Norte para o e-commerce brasileiro, que deve continuar nos próximos anos.

“Em termos de venda, as regiões Norte e Nordeste foram as que mais cresceram. Na medida que você avança a infraestrutura de acesso a internet e melhora o nível de conhecimento das pessoas, isso favorece o e-commerce”, explicou o Gerente do setor de e-commerce do Sebrae, Juarez de Paula. “Esse crescimento da Bahia deve se reproduzir depois em Pernambuco, no Ceará, e no Norte, no Pará e no Amazonas”.
Outro dado levantado pelo Sebrae é que a taxa média de conversão de visitantes brasileiros no e-commerce hoje é de 1,5%, com um percentual de abandono de carrinho de 38%. Apesar de parecer alto, o índice é considerado “padrão” pelo Sebrae e é uma versão online daqueles consumidores que entram em uma loja física, experimentam um produto, mas acabam optando por não realizar a compra.

“O que a gente recomenda ao empresário é que busque pesquisar junto ao cliente as razões do abandono”, sugeriu Juarez. “Se o abandono é por escolha do cliente, não há muito a fazer. Mas às vezes o abandono é por dificuldades de navegabilidade do site, o botão de compra não funcionou, não foi possível realizar o pagamento, isso é importante para o comerciante saber e tentar diminuir esse abandono”.

Entre os canais para concretização da venda online, os resultados foram semelhantes aos de 2014. A busca orgânica foi o principal meio para 78,9% dos respondentes, seguida pelo e-mail marketing (58,6%), links patrocinados (54,9%) e redes sociais (54,2%).

A pesquisa levantou também pela primeira vez quais os principais segmentos do e-commerce no país, que mostraram o setor de Moda em primeiro lugar, com 33% do total do e-commerce brasileiro. Um dos destaques que surpreenderam representantes do setor foi o aparecimento do de Casa e Decoração, em segundo lugar, com 19% do total de vendas. Completam os cinco principais mercados os produtos de informática (12%), eletrônicos e telefonia (11%) e saúde (10%).

Inscreva-se na nossa newsletter