Setembro Amarelo – CMFor promove palestra sobre saúde mental

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Falar sobre o universo que envolve a saúde mental vem ganhando espaço nas ações desenvolvidas pelo poder público. E seguindo com o fortalecimento da Campanha Setembro Amarelo, a Câmara Municipal de Fortaleza promove no dia 28 de setembro, às 9h, palestra sobre a temática, destacando a importância de trabalhar a ligação de transtornos mentais com o desenvolvimento do ser humano.

Conforme dados da Organização Mundial da Saúde – OMS, o isolamento social imposto pela pandemia impactou diretamente na vida das pessoas, efeitos que serão sentidos por um longo período. O evento terá como palestrantes a psicóloga Mariane Pedrosa; a vereadora, Enfermeira Ana Paula; a coordenadora do CAPS infantil e psicóloga da infância e adolescência, Kaliny Oliveira; e a médica psiquiatra da infância e da adolescência, Perpétua Thais.

A psicóloga Mariane Pedrosa relembra o processo de desconstrução dos tabus voltados para a saúde mental e como as lutas antimanicomiais trouxeram uma nova abordagem para o tema. “Historicamente os cuidados com a saúde mental se limitavam a pacientes com transtornos graves, infelizmente numa circunstância de exclusão. O paciente com transtorno mental era tratado como inválido, incapaz de exercer sua cidadania e existir dentro da condição humana com dignidade. As lutas antimanicomiais e até mesmo com advento do SUS, possibilitaram um olhar ampliado sobre os cuidados em Saúde Mental, trazendo como proposta uma rede mais humanizada e menos ligada ao modelo hospitalocêntrico”, apontou.

E a participação do poder público, como reforça a psicóloga, faz com que a informação seja mais pluralizada potencializando a disseminação do tema além de uma abordagem mais ampla sobre o bem-estar da população. “Hoje, com toda a influência da mídia e das redes sociais conseguimos atingir um público bem mais diverso e em maior velocidade. Isso faz com que temas como depressão, ansiedade tenham mais visibilidade e gerem identificação, mobilizando maior número de pessoas abracem a causa”, destacou.

“A gente percebe as pessoas estão adoecendo por vários motivos indo da depressão até o suicídio. Precisamos tratar as pessoas de forma diferenciada realizando uma escuta qualificada. Muitas vezes os indivíduos buscam desabafar, conversar, expor seus problemas e o outro deve disponibilizar tempo e direcionamento para a solução da dificuldade. Precisamos focar nas causas psicológicas, estar dispostos a oferecer uma palavra amiga, prestar apoio e conforto, visto que essas atitudes ajudam a salvar vidas”, reforça Eugênia Monteiro, enfermeira da Unidade de Saúde da CMFor.

Fotos: Reprodução

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