O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Raymundo Damasceno, destacou a simplicidade como uma das principais mensagens do papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Desde que chegou ao Brasil, o pontífice tem dado várias mostras de aversão ao luxo e à riqueza, fazendo questão de vir em poltrona simples no voo que o trouxe de Roma, abrindo mão de pratos refinados na residência oficial do Sumaré e andando pelas ruas do Rio em um carro convencional, de um modelo acessível a maior parte das famílias de classe média.
Dom Damasceno participou quinta-feira (25) da ExpoCatólica, feira que ocorre no Riocentro para divulgar destinos religiosos, que contou com a presença do ministro do Turismo, Gastão Vieira. “A visita do papa ao país está sendo uma bênção de Deus para o nosso povo e para os jovens de uma maneira especial. As mensagens têm sido simples, mas muito profundas”, disse o presidente da CNBB.
O religioso destacou a questão da simplicidade como uma característica central na mensagem do papa. “Até no nome ele traz um ideal, que deve iluminar o seu pontificado, que é o de simplicidade, austeridade, sobriedade, desapego a bens materiais. Riqueza, prazer e poder não satisfazem. Temos que preencher nossas vidas com outros valores, mais autênticos e mais verdadeiros. É uma lição para todos nós, para todo o Brasil, para todo o mundo. Não é pelo consumismo que vamos resolver nossos problemas. Toda política e toda economia devem estar a serviço do homem.”
Para dom Damasceno, o papa está indicando o rumo que deve nortear a Igreja brasileira daqui para a frente. “Fica uma preocupação nossa em incentivar ainda mais o trabalho com a juventude. Dar maior atenção e ouvir mais os jovens. Colaborar com eles, para que possam exercer o protagonismo, seja nas comunidades eclesiais, seja também na vida social. A juventude tem um papel a desempenhar e não pode fugir dessa sua responsabilidade. Os jovens não são apenas o futuro, são o presente de nosso país.”
Fonte: Agência Brasil
Foto: Alessandro Bianchi/Reuters