O Partido Comunista (PC) da Rússia vai lançar uma campanha para retirar do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o Prêmio Nobel da Paz, concedido em 2009 pelos esforços diplomáticos e a integração entre os povos. A inciativa do PC russo se deve ao fato de Obama defender a intervenção militar dos EUA na Síria.
Um possível conflito, dessa vez envolvendo outra nação pode agravar a crise no país, que já matou mais 100 mil pessoas.
O vice-presidente da Assembleia Federal da Rússia (a Duma) e vice-presidente do Comitê Central do Partido Comunista, Ivan Melnikov, defendeu hoje (5) a retirada do prêmio de Obama pela campanha feita pelos Estados Unidos em favor da ação militar.
“Nós consideramos extremamente importante iniciar uma campanha para privar Barack Obama do título do Prêmio Nobel [da Paz]”, acrescentou.
É absurda a declaração da administração dos Estados Unidos de que a situação na Síria representa uma ameaça à segurança do país. Na realidade, são os Estados Unidos que representam ameaça”, disse Melnikov.
Ontem (4), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu a possibilidade de apoiar a intervenção militar na Síria, se o Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizar a ação e houver comprovação do uso de armas químicas contra civis pelo governo do presidente Bashar Al Assad.
Participação da Rússia no ataque
Na tentativa de conter os supostos ataques o Papa Francisco, numa carta ao Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, que preside em São Petersburgo, à Cúpula do G20, dirige um apelo a uma solução pacífica para a crise da Síria.
Na mensagem Francisco encoraja os chefes de Estados que nela participam a que tratem de “encontrar vias para superar as contraposições e abandonem a vã pretensão de uma solução militar”, empenhando-se, isso sim, “com determinação e coragem, numa solução pacífica através do diálogo e das negociações entre as partes interessadas com o apoio concorde da comunidade internacional”.
Papa conversa com Assad
Rumores indicam que o Papa Francisco, teria falado, por telefone, com o presidente da Síria, Bashar al Assad, informa o jornal Clarín, da Argentina, citando fontes do Vaticano. No entanto o Vaticano não confirmou nada ainda.
Segundo o jornal argentino, o Papa teria pedido ao presidente da Síria de parar, o quanto possível, a repressão contra os rebeldes e adotar uma atitude mais conciliadora.
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