O aumento do trabalho informal nas grandes cidades é uma realidade constante. É comum vermos dezenas de vendedores ambulantes e camelôs fazendo das calçadas vitrines para expor todo tipo de produto. Apesar desse tipo de comércio ser uma alternativa para milhões de brasileiros, excluídos da formalidade de um emprego, ele também acaba trazendo muitos transtornos para a população do local. Entre os principais problemas, destacam-se a gritaria dos feirantes, a dificuldade de acesso e a sujeira nas ruas.
Para discutir acerca da atuação dos feirantes da Rua José Avelino e imediações da Catedral Metropolitana de Fortaleza, no Centro, a Comissão de Indústria, Comércio, Turismo e Serviços da Assembleia Legislativa do Ceará promove hoje, a partir das 15 horas, uma audiência pública em busca de possíveis soluções para a questão.
De acordo como o deputado Heitor Férrer (PSB), requerente da proposta, para que haja uma solução definitiva da questão é preciso que o Governo Municipal e a União dos Feirantes do Estado do Ceará (UFEC) trabalhem em conjunto.
O debate vai ocorrer no Complexo de Comissões Técnicas da Casa. Foram convidados para a audiência o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio; o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Salmito Filho (PDT); o titular da 1ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente e Planejamento Urbano, Raimundo Batista de Oliveira; o Secretário do Trabalho, Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Setra), Cláudio Ricardo Gomes de Lima; o presidente da UFEC, Heron Moreira; e o diretor da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), Vítor Cosme Sciasca Neto.
Em 2014 foi firmado um acordo com os feirantes, que permitia que eles trabalhassem às quartas, sábados e domingos. No entanto, com a proximidade dos festejos de fim de ano, o receio é de que o compromisso seja quebrado e venha a atrapalhar o trânsito das imediações do local.
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