Com a chegada do carnaval, o Ceará se prepara para o grande fluxo de turistas movimentando os principais destinos de folia. Preocupados com a segurança das crianças e adolescentes, órgãos estaduais e municipais reforçaram campanhas de combate a exploração sexual e ao trabalho infantil.
Por isso, a equipe de Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Manoel Vieira Linhares (Maneco), promoveu na segunda-feira (25), uma reunião com os serviços da rede socioassistencial e da saúde de Sobral para planejar ações de combate à exploração sexual e ao trabalho infantil durante o feriado do carnaval.
O objetivo é alertar os foliões para a importância de denunciar possíveis casos de violação aos direitos de crianças e adolescentes. As ações serão realizadas no dia cinco de fevereiro com o apoio de diversos serviços, como o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), o Centro de Orientação e Apoio Sorológico (COAS) e o Centro de Referência Especializada para População em Situação de Rua (Centro Pop).
Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), a exploração do trabalho infantil costuma ser mais recorrente em períodos de grandes eventos. Apesar da Constituição Federal proíbir qualquer tipo de trabalho para menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos, ainda é comum em muitos locais do País ver crianças com idade entre cinco e 17 anos trabalhando.
Também é durante o Carnaval que o turismo sexual infantil aumenta. As viagens de turismo sexual costumam ser organizadas de maneira informal entre amigos, mas há também casos de participação de agentes de viagem. Os exploradores promovem essas viagens porque encontram facilidades para a exploração infanto-juvenil em hotéis, bares e clubes noturnos.
Ouviu, percebeu, desconfiou de alguma situação em que crianças estão sendo expostas a exploração sexual e ao trabalho infantil? Basta pegar o telefone e ligar para o Disque 100, principal canal de denúncias sobre violações de direitos humanos. É gratuito e não precisa se identificar.
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