Na manhã de ontem (22), o dólar abriu o dia no mercado financeiro em alta, ultrapassando a marca histórica de R$4. Esta é a cotação mais alta já registrada pela moeda norte-americana desde a criação do Plano Real, em 1994. O resultado influenciou as votações que aconteceram no final do mesmo dia no Congresso Nacional, sobre os desdobramentos da crise política no país e as possibilidades de o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, elevar as taxas de juros ainda este ano.
No entanto, não é somente o Brasil que sofre com o fortalecimento do dólar. Ele continua em alta também em relação a diversas moedas, como o euro, a libra esterlina, a lira turca e várias outras, de economias ligadas a commodities e países emergentes.
Foi divulgado também na manha de ontem que o Índice de Confiança da Indústria (ICI), apurado na prévia da sondagem de setembro, caiu 2,5% na comparação com o resultado final de agosto, registrando 66,3 pontos. Ou seja, o índice, já livre de influências sazonais, indica que a confiança da indústria registrou neste mês o menor nível de toda a série histórica iniciada em abril de 1995.
Também foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de setembro, que marcou 0,39%. O resultado ficou acima da média calculada pelo AE Projeções (serviço especializado da Agência Estado), de 0,38%.
Mesmo após o Banco Central ter realizado leilões de empréstimos no valor de U$3 bilhões na tentativa de conter a volatilidade da moeda americana, a alta na cotação do dólar não foi freada.
No dia 10 de outubro de 2002, às vésperas da primeira eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o dólar chegou a ser vendido a R$4 durante o pregão, mas sofreu desaceleração e fechou o dia a R$ 3,98.
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