Não é de hoje que a Companhia Energética do Ceará (Coelce) vem sendo notícia devido a inúmeras denúncias. Sendo uma das empresas que mais vem sendo processada e condenada no estado do Ceará, é frequente presenciar reclamações devido a má prestação de serviços.
O No Pátio já falou em outras matérias que a Câmara Municipal de Fortaleza instalou a CPI da Coelce para apurar as denúncias e reclamações dos consumidores. Ontem, (terça-feira, 16), mais um capítulo da investigação foi tecido no Parlamento pelo presidente da CPI, o vereador Deodato Ramalho (PT).
Durante o Pequeno Expediente do Parlamento, o vereador relatou as visitas realizadas pela comissão na averiguação de denúncias contra a Companhia Energética. Na ocasião o Deodato Ramalho apresentou vídeo e fotos sobre irregularidade na destinação dos resíduos gerados pela Coelce. Segundo ele, “a Coelce vem colocando esses materiais em locais inadequados, sem nenhuma preocupação com o meio ambiente”.
Conforme o vereador, ao visitar o local foi constatado as condições precárias de trabalho das pessoas que executam a quebra dos postes descartados pela Companhia. De acordo com Deodato Ramalho, o serviço é executado sem os materiais de proteção e o valor de R$10 pagos a cada funcionário por poste destruído revela uma desvalorização do trabalho. O parlamentar também informou que terreno no qual o material é destinado também foi alvo de denúncia e está gerando uma degradação da área nas proximidades de um córrego no município de Maracanaú.
A situação, conforme o presidente da CPI, será repassada para os Ministérios Público do Estado e do Trabalho, além de acionar a Secretaria de Meio Ambiente do Estado. Deodato Ramalho, frisando o trabalho que a CPI da Coelce vem realizando, pediu com urgência a interdição do local, afirmando que a comissão visitará outros dois locais em Fortaleza que também recebem esses resíduos de forma irregular.
Durante o Pequeno Expediente também foi sugerido que a CPI repasse as denúncias a Câmara Municipal de Maracanaú, para que os parlamentares possam acionar os órgãos fiscalizadores da cidade.
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