A iniciativa de novos estudos faz com que situações, muitas vezes irreversíveis, possam ter soluções. Um exemplo disso, é a nova pesquisa iniciada na Universidade de Tóquio, que tem como propósito encontrar uma saída para as dificuldades de locomoção de deficientes visuais.
Os pesquisadores têm como objetivo avaliar se os mamíferos conseguem substituir o sentido da visão pelo uso do próprio corpo para perceber o ambiente. Mas, como se deu esse estudo? A gente explica!
Na verdade, as cobaias utilizadas foram ratos de laboratório, que tinham suas pálpebras costuradas. Foram colocados sensores geomagnéticos e uma bússola digital no córtex visual desses ratinhos e, à medida que os ratos iam se movimentando, esses sensores iam gerando impulsos elétricos que os ajudavam a ter a noção de localização e direção.
Depois, eles foram treinados para encontrar comida em diversos ambientes, como labirintos. Tempos depois do teste, os ratinhos que eram cegos conseguiam se locomover tão bem quanto os que enxergavam. É nesse contexto, que os pesquisadores procuram adaptar os dispositivos para humanos. Não colocando no córtex, mas seu uso poderia ser aplicado em, por exemplo, uma bengala. Assim, existiria uma espécie de aviso na bengala, quando o deficiente encontrasse algum obstáculo, seria como uma vibração.
Ajuda mais que eficiente
Como forma alternativa para orientação de deficientes visuais, existem os cães-guia. Sua função propriamente é de ajudar o dono a evitar obstáculos, encontrar lugares, prevenir acidentes no trânsito. Facilitando o estilo de vida do seu dono e influenciando positivamente para sua independência.
Os cães-guia são, hoje, uma ajuda que tem facilitado a vida de muitos. Existem associações responsáveis pela criação de cachorros para essa finalidade, como o Projeto Cão-Guia de Cegos.
Os cães devem seguir um perfil. Devem ser pacientes, não devem ser agressivos e nem se assustar fácil. O treinamento deles dura cerca de seis meses e há locais que adestram especificamente para deficientes visuais.
Muitos defendem que a utilização dos cães-guia não será substituída tão cedo, nem mesmo por uma tecnologia. Mas com o progresso dos estudos, e na prática, isso pode mudar. Nos conte o que você acha mais útil: cachorros ou tecnologias?
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