O Lixo é um problema mundial, pois muito se produz e pouco se recicla. Entre os possíveis destinos e ações para ele, quase sempre os governantes e pessoas acabam por escolher os meios mais baratos e menos sustentáveis.
Com uma postura diferente da que é adotada em praticamente toda a extensão das Américas e até mesmo em alguns países da Europa, que simplesmente despejam seus detritos indesejáveis na costa do continente africano, a Suécia vem se destacando não só por não lotar grandes terrenos com o lixo da sua população, como também por importar lixo de outros países.
Sim, você leu corretamente. O que costuma ser um enorme problema para a maioria das nações é a solução para a Suécia. Sendo mais específico, apenas 4% de todos os resíduos dos suecos são depositados em aterros, enquanto todo o resto é reciclado ou utilizado como fonte de energia elétrica.
São em média 250 mil famílias que tem a energia de suas casas provinda do lixo, que é o responsável por fornecer 20% do sistema de aquecimento do País. O sistema de aproveitamento de lixo na Suécia é tão eficiente que a capacidade de processamento deles supera a capacidade de produção.
Justamente por esse motivo, eles passaram a importar 800 mil toneladas de lixo por ano de seus vizinhos europeus, como os noruegueses, que pagam para que o lixo seja levado, uma vez que isso impede o acúmulo de resíduos. Assim, a Suécia pretende resolver o seu próprio problema e o de outros países.
Aqui no Brasil é jogado fora cerca de 76 milhões de toneladas de lixo por ano, mas apenas 3% deste lixo é reciclado, embora 1/3 seja potencialmente reciclável. Com o novo Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que entrou em vigor no ano passado, algumas pequenas mudanças foram implantadas.
No entanto, ainda temos um longo caminho a percorrer e estamos longe do ideal.
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