Ontem iniciamos a semana #TodospelaÁgua, uma série com matérias sobre a importância e problemáticas envolvendo esse bem natural. O Hype entrou na campanha da Cagece, em conjunto com o Governo do Estado do Ceará e, durante esse especial, você vai conferir diversas informações, todas com o intuito de se entender melhor e repensar ainda mais o consumo para que não falte abastecimento em nossas casas. Então, dando continuidade, hoje é dia de entender o caminho das águas e a crise hídrica no Ceará!
Em nosso dia a dia, já estamos acostumados a ter água saindo na nossa torneira todos os dias, chegando limpinha e própria para o consumo. Mas você já parou para pensar em como a água chega até sua casa? Podemos dizer que no Ceará ela percorre um longo caminho! Isso acontece porque a capital cearense e outros municípios da Região Metropolitana de Fortaleza não possuem mananciais de porte suficiente para o abastecimento de toda a população, gerando a necessidade da transposição de água dos grandes mananciais no interior do Estado.
Assim, por meio de rios perenizados, canais, sifões, túneis e adutoras, esse reservatórios são interligados e, juntas, suas águas percorrem um trajeto de mais de 200 km até chegar às estações de tratamento do Sistema Hídrico Metropolitano.
Os açudes que integram o sistema de abastecimento da RMF são Orós, Castanhão, Curral Velho, Pacajus, Pacoti, Riachão e Gavião, além do rio Jaguaribe, que também tem suas águas transpostas pelo Canal do Trabalhador. Dentre eles, destacam-se os açudes Castanhão e Orós, distantes 216,54 km e 283,81 km, respectivamente.
Par entender melhor como a água tratada chega a sua casa, dê o play e confira o vídeo abaixo:
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Crise Hídrica
Devido à estiagem prolongada, muitos açudes que abastecem o Ceará estão com volume abaixo de 30%, isso sem contar os que já estão totalmente secos ou no nível morto.O açude Castanhão, por exemplo, principal fonte de abastecimento para Fortaleza e Região Metropolitana, está com menos de 10% de seu volume total. Nesse sentido, se observarmos os cinco anos consecutivos de seca, 2016 só não foi pior que 2012. De acordo com a Funceme, a quadra chuvosa (entre fevereiro e maio) possui a média para o período de 600,7 mm, mas esse ano choveu apenas 329,3mm. Isso significa que em 2016 teve-se 45,2% menos chuvas que a média, o que nos colocou entre os 10 piores índices de chuva anuais, desde a seca de 1951.
O Ceará atravessa o quinto ano consecutivo de seca e os impactos desta triste realidade só serão menos graves se toda a população contribuir. Caso você ainda possua dúvidas de como ajudar, confira nossas 20 dicas para evitar o desperdício e inicie a economia hoje mesmo. Não deixe de lado essa causa e compartilhe a campanha #TodospelaÁgua!
Fotos: Reprodução/Cagece