Trabalhar doente: Veja o que a ciência pode dizer sobre quem faz isso

Ciência|Comportamento|Pesquisas


Decidir se vai trabalhar ou não quando está doente pode ser uma questão emocional importante para algumas pessoas. E se você já cansou de tentar entender por que aquele seu colega de escritório vai pegar no batente até quando está ardendo em febre, a ciência explica.

De acordo com pesquisadores da Universidade de Concordia (Canadá) e East Anglia (Inglaterra), entre as principais razões pelas quais as pessoas vão trabalhar doente  está a alta demanda, insegurança no cargo, estresse ou simplesmente, amor pelo ofício. Atitudes conhecidas pelos cientistas como “presenteísmo”.

Demandas acima da média, falta de pessoal, horas-extras, pressão para cumprimento de prazos, além de dificuldades financeiras pessoais, foram as principais razões pelas quais as pessoas não tiram folga mesmo enquanto estão super moribundas, segundo o estudo.

Conflitos entre vida pessoal e profissional, bem como assédio e discriminação no local de trabalho também foram relacionados ao “presenteísmo”. Acredite você ou não, a pesquisa revelou que os presenteístas acreditam que as experiências negativas citadas acima podem se tornar ainda mais intensas se ficarem em casa.

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Os pesquisadores chegaram a estas conclusões após destrinchar dados de 61 estudos anteriores, que envolveram mais de 175.960 participantes, em 34 países. Eles desenvolveram um método analítico para identificar as causas mais significativas de “presenteísmo” e “absenteísmo”, este ocorre quando as faltas no trabalho são constantes.

Você deve estar se perguntando: mas como alguém pode trabalhar bem estando doente? É verdade, além da queda de produtividade, trabalhar doente pode agravar os problemas de saúde do próprio enfermo, contagiar os colegas e causar prejuízos financeiros sérios à empresa. Um levantamento feito pelo Centro de Saúde Mental do Reino Unido mostrou que o presenteísmo custa, só à economia do país britânico, £15,1 bilhões por ano.

Por outro lado, há uma razão positiva que explica o sacrifício de trabalhar doente. Para os pesquisadores, o amor ao ofício é uma dos motivos que fazem muitos funcionários passarem por cima de qualquer febre, resfriado ou dor na coluna. O que não pode não ser uma ideia tão boa assim.

E você, se considera presenteísta ou absenteísta?

Fotos: Reprodução. 

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