Vereador chama atenção para os índices da violência virtual

Acontece|Câmara Municipal de Fortaleza|Política

Na última semana, uma importante chamada aconteceu na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFOR). O vereador Acrísio Sena (PT), ao fazer uso do Grande Expediente, chamou atenção dos pares para os índices da violência virtual e defendeu a realização do debate sobre a temática junto com o Executivo. O parlamentar sugeriu uma parceria com as escolas públicas e particulares para o enfrentamento do crime virtual.

Na ocasião, o parlamentar aproveitou o gancho ao repercutir a nota da deputada Maria do Rosário (PT) sobre o crime virtual sofrido pela sua filha de 16 anos nas redes sociais, e declarou sobre o assunto que “ninguém está imune para que isso aconteça, inclusive com a manipulação de imagens, pois através de um celular a pessoa faz intimidações por meio de um perfil fake e é difícil de identificar”.

Em discurso à Câmara, o parlamentar declarou ainda que “quando pegamos os dados sobre os crimes cometidos na internet, ficamos impressionados. Em 2015, foram 90 mil denúncias envolvendo crimes de homofobia, de racismo, de natureza religiosa e nazismo. Já os dados que envolvem os jovens entre 9 e 17 anos, apontam que 81% acessam a internet todos os dias e utilizam o celular como acesso às redes sociais. Então todos estão sujeitos a esse tipo de violência, principalmente as crianças e adolescentes”, destacou.

Vereador Acrísio Sena

Segundo Acrísio, a violência virtual deve ser trabalhada não apenas sob o ponto de vista penal, mas também dentro da perspectiva das doenças que ela pode gerar.  “Nós temos que trabalhar nessa perspectiva, das várias doenças e sintomas que afetam as vítimas desse crime. E aí temos problemas como angústia, ataque de ansiedade, transtornodo pânico, depressão, anorexia e até mesmo casos de pessoas que chegaram a cometer suicídio”. Acrísio pontou ainda que o debate deve ser promovido junto à Secretaria de Educação, que precisa se envolver em políticas de enfrentamento a este tipo de crime. “Temos que pensar em políticas de enfrentamento através de uma parceria com as escolas públicas e particulares para trazer esse tema ao seu devido reconhecimento. O primeiro caminho começa pela família, em seguida com a educação através das escolas”.

Fotos: Reprodução

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