Queernejo: no mês do Orgulho LGBTQ+, conheça o estilo que virou febre

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Primeiro foi o pagonejo… Depois, veio funknejo… Então, na mesma época, teve também a febre do pagofunk… Recentemente, foi a vez do bregafunk…. E nesse caldeirão cultural que é a música pop brasileira, mais um estilo está chegando para ficar! Estamos falando do queernejo, que mais do que um estilo de música é uma verdadeira representação estética, quase filosófica, de um novo cenário musical do Brasil! Você já conhecia? Pois vem ouvir alguns de seus principais representantes aqui com a gente!

Como o nome indica, queernejo vem das junções da cultura queer – ligada ao movimento LGBTQ+ – com o sertanejo. Então, é isso mesmo, esse é um dos movimentos que mais tem crescido no Brasil unido a um dos estilos musicais que mais fazem sucesso em nosso país. E já que estamos no mês do Orgulho LGBTQ+, não podíamos deixar de falar dele, certo? Então, o queernejo vem conquistando uma fatia grande no mercado musical brasileiro. Mas não apenas aqui, no mundo também!

Na verdade, a união de música country/sertaneja com a cultura queer/gay não é nenhuma novidade. Isso porque ano passado, Lil Nas X com sua OldTown Road bateu o recorde de permanência em primeiro lugar da Billboard. Lil Nas X, conhecido por unir o rap com o country, é assumidamente gay e um dos expoentes internacionais do queernejo.

Mas já aqui no Brasil temos outros grandes nomes representando o estilo, que vem rompendo barreiras e mudando a estética das famosas músicas sertanejas. Além do trio “cachaça, dor de cotovelo e bailão”, o estilo agora também aborda outros temas. Dá só uma conferida em quem anda fazendo sucesso no estilo aqui no país:

Gabeu

O jovem paulista é um dos principais nomes do queernejo no Brasil. Isso porque ele é o filho de ninguém menos do que Solimões, da dupla Rio Negro e Solimões. Além do pai, dentre suas referências musicais, ele traz artistas como Milionário e José Rico ao lado de Lady Gaga. Toda essa fusão cultural resultou em um pop sertanejo de raiz, por assim dizer. Simplesmente viciante! Em entrevista, o cantor lembra que existe sim, uma importante parcela da comunidade LGBTQ+ que cresceu no interior dos Estados. Quantos LGBTs cresceram no interior ouvindo sertanejo? (…) A música caipira está em nossas raízes e se nós não pudermos fazer parte disso, não faz sentido nenhum.”

Gali Galó

De Ribeirão Preto para o mundo! Influenciado pelas modas de viola e pela música caipira, ele acrescenta pitadas de pop e brega nessa mistura toda. Então, claro que o resultado só podia ser algo vibrante e para lá de divertido, não é mesmo?

Juntos, Gabeu e Gali Galó chegaram a organizar um festival de queernejo chamado Fivela Fest. “Vejo que existe uma não compreensão muito grande quando se diz respeito a evidenciar artistas LGBTQIA+, por exemplo quando dizem que não há necessidade dessa segregação, que não precisa ser chamado de pocnejo, que é sertanejo, sem distinção, e que se eu fizer um bom trabalho eu serei reconhecido, quando na verdade isso não é verdade”, declarou Gabeu em relação à necessidade de se fazer um festival específico de queernejo. A música ia rolar agora em junho, mas, infelizmente, devido ao coronavírus ele teve que ser adiado. Mas ai gente, o que falar desse estilo musical que a gente mal conhece, mas já considera pra caramba, hein???

Fotos e vídeos: Reprodução

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