Nova tecnologia pode detectar dengue com mais rapidez

Saúde

Desde que a dengue se tornou um dos principais problemas da saúde pública, não param de surgir novos métodos para tentar amenizar ou acabar com essa doença. Um deles foi divulgado recentemente, mais ainda está em fase de teste. Trata-se de folhas de alface geneticamente modificada, que podem, futuramente, detectar em menos de 24 horas se uma pessoa está– ou esteve – contaminada.

Você deve ter se perguntado “Folhas de alface, como assim?”. Bem, o teste, que ainda está em desenvolvimento, é feito a partir da manipulação genética de alfaces para fabricação de fragmentos do vírus causador da doença. Após as divisões celulares, os cientistas adquirem um material que, combinado ao sangue, revela se a pessoa contraiu a doença. E ainda tem mais! Os pesquisadores afirmam que a nova tecnologia pode até inspirar o desenvolvimento de uma “vacina comestível”.

De acordo com os cientistas, se o vírus estiver presente na pessoa examinada, a proteína (extraída da planta) vai capturá-lo! Nesse momento, existe uma reação de mudança de cor que só acontece na presença do vírus.

Os testes dessa nova tecnologia estão sendo monitorados pelos Cientistas da Universidade de Brasília e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Segundo Francisco Aragão, que é especialista da Embrapa em plantas transgênica, a pesquisa vem sendo desenvolvida desde 2008.

Os cientistas acreditam que serão necessários mais seis meses para considerar satisfatória a quantidade de soros sanguíneos examinados para a pesquisa se tornar válida. Depois, eles devem passar mais cinco anos tentando fazer com que a técnica também permita identificar com qual dos quatro sorotipos da doença a pessoa foi infectada. Porém, até agora os resultados têm sido “positivos”. Além disso, uma das vantagens desse novo diagnóstico é que ele dispensa o uso de animas como cobaias!

Ainda não se sabe quando essa nova tecnologia estará disponível para a população, mas, vamos torcer que esses cientistas estejam no caminho certo, pois o novo método traz a proposta de identificar a dengue em 24 horas e, atualmente, são necessárias cerca de 72 horas para diagnosticar a doença, e o processo para identificar o possível local de contágio demora cerca de uma semana!

 

Foto: Reprodução

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