Na adolescência geralmente meninos e meninas querem aparentar ser mais velhos do que são. Com o passar dos anos o desejo é o oposto: Aparentar ser mais jovem do que se é de fato. Entretanto, são poucas as pessoas que costumam aparentar menos idade, mas uma nova descoberta da ciência promete esclarecer esse enigma revelando que tudo é culpa dos genes. De acordo com o novo estudo, um gene específico pode ter grande influência sobre a aparência mais jovem ou mais velha.
Para chegar a essa conclusão, pesquisadores do Centro Médico da Universidade Erasmus MC, em Roterdã, analisaram um trecho de DNA chamado MC1R. Num artigo publicado na revista Current Biology, eles apontam que pessoas com variantes genéticas específicas parecem mais velhas que seus contemporâneos – independentemente da idade, do sexo e do estilo de vida.
A pesquisa
Os cientistas apresentaram a participantes do estudo fotos de outros participantes e os pediram que estimassem a idade da pessoa. Desse modo, os pesquisadores buscaram, então, semelhanças no material genético entre os que foram considerados mais jovens, e também entre os que foram considerados mais velhos. Assim, os cientistas chegaram ao gene MC1R. Esse trecho do DNA é um velho conhecido dos cientistas genéticos, estando ligado, entre outras coisas, à cor da pele e do cabelo.
Estudos anteriores também apontam que o gene desempenha um papel em inflamações e no reparo do DNA, o que poderia ter a ver com o envelhecimento. As pessoas podem ter duas versões-padrão do MC1R em seu genoma, mas também uma ou até duas variantes delas. Os cientistas de Roterdã verificaram que aqueles que têm duas variantes parecem, em média, dois anos mais velhas que as pessoas sem variante alguma.
Para Markus Nöthen, geneticista da Universidade de Bonn, os resultados do estudo liderado por Kayser sólidos é “um primeiro passo importante” para descobrir as causas genéticas do envelhecimento.
E você, concorda com o geneticista? O No Pátio quer saber o que você achou da pesquisa?
Fotos: Reprodução.