Não se falou de outra coisa nesta terça-feira, apenas do escândalo da sonegação de impostos das bandas de forró e das empresas que agenciam e realizam esse tipo de show. A operação que investigou grandes empresas do entretenimento brasileiro foi chamada pela Polícia Federal de “Operação For All”, em alusão à suposta origem do termo “forró.
Várias foram as medidas tomadas ao longo desta última terça e a gente aqui do No Pátio preparou aquele resumão para você entender tim-tim por tim-tim que história é essa de sonegação das bandas de forró e, principalmente, o que aconteceu com nossos queridos Xanddy e Solange, do Aviões do Forró.
Segundo a Polícia Federal, o objetivo da operação For All é exatamente investigar a banda Aviões do Forró, suspeita de sonegar impostos. Segundo informações, a banda declarava valores bem abaixo ao dos arrecadados em cada apresentação, e comprava bens e imóveis como forma de disfarçar o crime. Para facilitar o esquema, apenas uma parte do pagamento era realizada antes do show, e o restante, era pago após o evento, em espécie, e esse valor não era declarado
Mas o alvo da operação não se resume à banda de Xanddy e Sol. A A3 Entretenimento – uma das maiores empresas de forró do Brasil – também foi citada e está sendo investigada, juntamente com outras 20 empresas do ramo. Ao todo, foram cumpridos 76 mandados, sendo 32 de condução coercitiva e 44 de busca e apreensão em Fortaleza e também em Russas e ainda em Souza, na Paraíba.
Entre os itens apreendidos, estão R$ 600 mil em espécie. Além disso, 163 bens, entre veículos e imóveis em nomes de pessoas físicas e jurídicas foram bloqueados. Segundo os investigadores, a Polícia Federal contabilizou que o esquema de sonegação das bandas de forró estaria acumulado em mais de 500 milhões de reais entre 2012 e 2014. Mas os federais acreditam que a quantia possa aumentar após análise do material apreendido.
Xanddy e Sol foram detidos por mandatos de condução coercitiva em Fortaleza, prestaram depoimentos e foram liberados. A polícia ainda não analisou os dados de vendas de cds e dvds das bandas, o que aumenta a suspeita de que o valor da sonegação das bandas de forró seja ainda maior.
Ai gente, que feio, não é mesmo?
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