Não é segredo para ninguém que o aquecimento do planeta é uma realidade e que se nada for feito ele trará consequências catastróficas para a biodiversidade e para o ser humano. É por isso que ONGs em todo o mundo trabalham para pressionar governos e empresas a diminuir as emissões de gases de efeito estufa o mais rápido possível. Uma forma de fazer isso é tirando o incentivo ao uso de carvão e petróleo e investindo em fontes renováveis de energia.
Aqui no Brasil, a possibilidade de o País oferecer R$5 bilhões em incentivo ao carvão, caso o presidente Michel Temer não vete a medida provisória 735 (MP 735), está causando revolta entre os participantes da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 22).
Intitulado ” Primeira regra quando você está em um buraco: pare de cavar”, o testo do Greenpeace diz que “o Brasil gosta de se vangloriar por ser campeão do clima, mas o Congresso do País acaba de aprovar um subsídio de um bilhão de dólares para a indústria do carvão. Tão problemático quanto, isso surge num momento em que o carvão representa menos de 5% da geração de eletricidade no Brasil, porém mais de 20% das emissões”.
Para quem não sabe, apesar das vantagens econômicas, do ponto de vista socioambiental a produção de energia elétrica a partir de carvão mineral é uma das formas mais agressivas ao meio ambiente.
E um planeta mais quente desequilibra o ultrassensível sistema climático da Terra. Como consequência, o gelo dos polos derrete e eleva o nível médio dos oceanos, ameaçando populações costeiras, tempestades se tornam mais frequentes, intensas e perigosas, assim como ondas de frio ou calor extremos, biomas como a Amazônia são ameaçados pela alteração no sistema de chuvas.
Ou seja, populações já vulneráveis ficam com a corda no pescoço. E então, o que você acha da MP 735?
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